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O ritual curioso que deu início às festas de 15 anos

Símbolos como a valsa e o salto alto têm origem em costumes antigos de famílias nobres

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 8 de outubro de 2025 às 11:45

Famosos costumam participar de festas de 15 anos
Famosos costumam participar de festas de 15 anos Crédito: Acervo Pessoal

As festas de 15 anos, conhecidas hoje pelos vestidos luxuosos e momentos emocionantes, como a valsa com o pai, nasceram com propósitos muito diferentes. No século XVIII e XIX, na Inglaterra e na França, famílias aristocráticas organizavam bailes para apresentar suas filhas à sociedade, marcando oficialmente a transição da infância para a vida adulta. O termo debutante vem do francês débuter, que significa “estrear”, refletindo justamente essa estreia na vida social e, na prática, no mercado matrimonial.

A ocasião funcionava também como um “catálogo” social, permitindo que jovens conhecessem possíveis pretendentes enquanto as famílias exibiam status e riqueza.

Alguns costumes atuais ainda remetem a essa origem: o salto alto simboliza o abandono da infância, a primeira dança com o pai representa o fim da proteção paterna, e a valsa com o “príncipe”, escolhido pela família, marcava a apresentação da moça como mulher pronta para assumir responsabilidades adultas, que naquela época incluíam o casamento.

Tony Ramos foi o príncipe no baile da hoje apresentadora Regina Volpato por Acervo Pessoal

Chegada ao Brasil e transformação da tradição

No Brasil, os bailes de debutante começaram a se popularizar entre as famílias ricas nas décadas de 1950 e 1960, com cerimônias luxuosas, convites formais e vestidos importados. Com o passar do tempo, surgiram festas coletivas, mais acessíveis, onde várias jovens celebravam juntas.

A partir de 2010, a comemoração voltou a ganhar força, mas de maneira personalizada, incorporando elementos modernos como músicas populares, temas de princesas da Disney e detalhes pensados de acordo com a personalidade da aniversariante.

A festa deixou de ser uma simples apresentação para o casamento e passou a celebrar a juventude, a identidade e a própria trajetória da jovem, mantendo símbolos históricos, mas reinterpretados para os tempos atuais.