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O tempo frio afeta a imunidade? Veja doenças mais comuns da baixa estação

Especialistas explicam impacto da mudança de tempo na saúde

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 7 de maio de 2025 às 06:00

Chuva em Salvador
Chuva em Salvador Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

A proximidade do inverno tem prolongado os dias de céu nublado, chuva e tempo frio na Bahia. Se por um lado a reclamação do mau tempo é vista como mero inconformismo com a pausa nas programações de praia e pela necessidade de sair da cama cedo mesmo debaixo de temporais, é também verdade que a mudança das condições climáticas pode fazer mal à saúde – e não só a dos baianos. De acordo com médicas especialistas ouvidas pela reportagem, a baixa estação costuma favorecer a perda da imunidade e o aparecimento de doenças respiratórias.

“Nesse período do ano, quando tem uma queda da temperatura e da umidade, é natural que haja um aumento da circulação viral e um aumento da proliferação de ácaros pela própria translação da Terra. Com a menor incidência de raios solares, os ácaros se proliferam, aumentando o risco de quadros alérgicos”, explica a pneumologista Larissa Sadigursky.

Diante dos quadros alérgicos, há uma piora em casos de rinites crônicas, quadros de inflamatórios e desbalanço da imunidade, que podem favorecer infecções respiratórias de modo geral. “Então, a temperatura e a umidade nesse período são, sim, mais um fator que se acumula junto a questão do aumento da circulação viral, [nos levando a ter] mais quadros de gripes e de resfriados, sem dúvida nenhuma”, destaca.

Segundo a infectologista Giovanna Orrico, o tempo frio também afeta negativamente a imunidade porque, nesse período, as pessoas tendem a se aglomerar mais. “Quanto mais frio o local ou quanto mais fria a região, mais chances de surtos de doenças respiratórias, porque as pessoas se aglomeram [para se aquecer], então ventila menos e circula menos o ar. Com as pessoas mais próximas, há um risco de transmissão maior”, aponta.

As especialistas chamam atenção para os cuidados que devem ser tomados na baixa estação, sobretudo por aqueles que já deram sinais de adoecimento. “Se alguém está com quadro gripal ou com resfriado, [é recomendado] utilizar máscara e fazer a higienização das mãos. Tudo que aprendemos lá na pandemia devemos manter o hábito, para evitar a propagação de vírus ao nosso redor, principalmente para pacientes que têm comorbidades e doenças que comprometem a imunidade”, orienta Larissa Sadigursky.

Veja as 5 doenças mais comuns no outono e inverno:

1) Gripe

  • O que é: A gripe é infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. Existem quatro tipos de vírus influenza/gripe: A, B, C e D. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

  • Sintomas: Febre, dor de garganta, tosse, dor no corpo, dor de cabeça, calafrios, mal-estar, cefaleia, mialgia, dor nas juntas, prostração e secreção nasal excessiva. Em alguns casos, há presença de vômito, diarreia, fadiga, rouquidão e olhos avermelhados e lacrimejantes.

  • Riscos: Alguns casos podem evoluir com complicações, especialmente em indivíduos com doença crônica, idosos e crianças menores de 2 anos, o que acarreta elevados níveis de morbimortalidade. As complicações mais comuns são: pneumonia bacteriana e por outros vírus, sinusite, otite, desidratação, piora das doenças crônicas e pneumonia primária por influenza, que ocorre predominantemente em pessoas com doenças cardiovasculares ou em mulheres grávidas.

2) Rinite alérgica

  • O que é: Inflamação na mucosa do nariz que ocorre quando o órgão entra em contato com substâncias tóxicas e irritantes que podem prejudicar o funcionamento dos pulmões. Ela se caracteriza por uma reação para tentar impedir que sua entrada no organismo.

  • Sintomas: Coceira no nariz, na garganta, no céu da boca e nos olhos, que também tendem a apresentar ardência e vermelhidão. Além disso, as crises são acompanhadas por espirros, coriza e obstrução nasal.

  • Riscos: Quando não tratada, pode levar a complicações graves, como asma e bronquite, além de afetar a qualidade de vida e dificultar o controle da asma.

3) Pneumonia

  • O que é: Infecção que se instala nos pulmões, órgãos duplos localizados um de cada lado da caixa torácica. Pode acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). É provocada pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa.

  • Sintomas: Febre alta, tosse, dor no tórax, alterações da pressão arterial, confusão mental, mal-estar generalizado, falta de ar, secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada, danos provocados pelas toxinas carregadas pelo sangue e fraqueza.

  • Riscos: Tabaco provoca ação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos; álcool interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório, ar-condicionado deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias, resfriados malcuidados e mudanças bruscas de temperatura.

4) Sinusite

  • O que é: Inflamação das mucosas dos seios da face, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos. Alterações anatômicas, que impedem a drenagem da secreção, e processos infecciosos ou alérgicos, que provocam inflamação das mucosas e facilitam a instalação de germes oportunistas, são fatores que predispõem à sinusite. A doença pode ser aguda ou crônica.

  • Sintomas: Costuma ocorrer dor de cabeça na área do seio da face mais comprometido (seio frontal, maxilar, etmoidal e esfenoidal). A dor pode ser forte, em pontada, pulsátil ou sensação de pressão ou peso na cabeça. Na grande maioria dos casos, surge obstrução nasal com presença de secreção amarela ou esverdeada, sanguinolenta, que dificulta a respiração. Febre, cansaço, coriza, tosse, dores musculares e perda de apetite costumam estar presentes.

  • Riscos: Quando não tratada corretamente, a sinusite pode evoluir para uma meningite bacteriana – uma inflamação aguda das membranas que recobrem a medula e o cérebro.

5) Bronquite

  • O que é: Doença respiratória que causa inflamação nos brônquios (ductos que conduzem o ar para dentro e para fora dos pulmões). Pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo infecções virais ou bacterianas, reações alérgicas e exposição a poluentes ambientais, como fumaça de cigarro e produtos químicos, entre outros. O processo inflamatório nas células do epitélio da mucosa brônquica e traqueal ocorre devido à ação de agentes biológicos, químicos ou mecânicos, causando hiperemia e edema na região, o que caracteriza a inflamação.

  • Sintomas: A bronquite pode ser classificada em dois tipos: aguda e crônica. A principal diferença entre elas consiste na duração e na gravidade das manifestações clínicas. No geral, a doença tem como sintomas tosse com produção de muco, sensação de peso no peito, febre, cansaço, falta de ar e irritação na garganta.

  • Riscos: Uma das principais complicações é a pneumonia, que ocorre quando a infecção se espalha para os pulmões. Além disso, a bronquite crônica pode aumentar o risco de desenvolvimento de outras doenças, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e até mesmo doenças cardíacas uma inflamação aguda das membranas que recobrem a medula e o cérebro.