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Pai confessa ter matado filho autista de 11 anos asfixiado: 'Não tem justificativa'

Davi Piazza Pinto viajou de Florianópolis para João Pessoa afirmando que queria passar tempo com o filho, mas assassinou criança

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 4 de novembro de 2025 às 08:58

Davi Piazza Pinto e Arthur Davi Velasquez
Davi Piazza Pinto e Arthur Davi Velasquez Crédito: Reprodução

O menino Arthur Davi Velasquez, de 11 anos, autista e com deficiência visual, foi encontrado morto em uma área de mata no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa, no último sábado (1º). O corpo da criança estava dentro de um saco plástico preto, parcialmente coberto por terra. O pai, Davi Piazza Pinto, confessou ter matado o filho e se apresentou à Polícia Civil em Santa Catarina, onde mora. As informações são do G1.

A perícia do Instituto Médico Legal confirmou que Arthur morreu por asfixia por sufocação. Outros exames, como o toxicológico, ainda estão sendo analisados. O corpo foi liberado para a família no domingo (2) e enterrado no dia seguinte, no Cemitério do Cristo Redentor, na capital paraibana.

Davi Piazza Pinto por Reprodução

De acordo com a polícia, o homem havia viajado de Florianópolis para João Pessoa dizendo que queria ajudar nos cuidados do menino e retomar a convivência com o filho. A mãe de Arthur, que vive na capital paraibana e está em um novo relacionamento, aceitou o reencontro. O primeiro contato ocorreu no bairro de Manaíra.

Segundo o delegado Bruno Germano, “o pai esteve aqui na quinta-feira, na sexta ele recebeu a criança para curtir momentos em família. Ele tinha combinado com a mãe de levar a criança para passar um tempo em Florianópolis”. Ainda conforme o delegado, o homem manteve contato com a ex-companheira dizendo que “estava tudo bem”, mas sem enviar fotos do menino. No domingo, “ele, arrependido, ligou para ela, informando que tinha matado a criança, o local onde tinha ocultado o cadáver e se entregou à polícia de Florianópolis”.

As investigações apontam que o assassinato aconteceu logo após o encontro entre pai e filho. Depois do crime, Davi teria transportado o corpo da criança até a área de mata em Colinas do Sul, onde o enterrou em uma cova rasa. A Polícia Civil apura se ele utilizou um carro de aplicativo para levar o corpo até o local.

A mãe, Aline Lorena, relatou que jamais imaginou que algo assim pudesse acontecer. Ela contou à TV Cabo Branco que havia preparado toda a rotina do menino para o período em que ficaria com o pai.

“Tudo foi muito combinado. A gente conversou, eu sentei com ele. Um dia antes eu expliquei: ‘cara, o Arthur é assim, ele come assim’. Eu comprei o que ele gostaria de comer, arrumei a roupinha dele, falei: ‘ele vai viajar com tal roupa, tem o fonezinho abafador...’. Pedi que me avisasse se o Arthur se irritasse, como ele é uma criança autista.”

Aline também disse que chegou a acompanhar o início do encontro entre pai e filho e que só foi embora depois de ter certeza de que o menino estava bem. “Deixei tudo certo. Deixei o menino alimentado, dei banho, ainda quis ficar mais um tempo, mas ele falou: ‘não, pode ir que eu cuido, eu preciso conviver’. Não passava pela minha cabeça o que ia acontecer. Não tem justificativa. O Arthur foi uma criança incrível, nasceu de 5 meses, 800 gramas. A gente batalhou a vida inteira por ele. O que aconteceu só cabe à Justiça agora.”

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