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'Pai' do Nome Limpo, Ciro Gomes vai parar no Serasa após processo

Segundo site, ele moveu ação contra colunista de economia e tem que pagar os custos

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 6 de março de 2025 às 07:51

Ciro Gomes
Ciro Gomes Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ciro Gomes (PDT), três vezes candidato à Presidência da República, foi incluído no cadastro de inadimplentes do Serasa em 28 de fevereiro deste ano por descumprimento de uma decisão judicial. O político foi condenado a arcar com os custos processuais após perder uma ação de danos morais que ele mesmo havia movido contra o escritor e colunista de economia Felippe da Silva Hermes. As informações foram divulgadas pelo portal Metrópoles.

A ação foi ajuizada por Ciro em razão de um artigo publicado por Hermes em 30 de agosto de 2021 no site BlockTrends, intitulado “Das ideias malucas do Ciro Gomes que vão acabar fazendo o país ir parar no SPC”. O texto, impulsionado no Facebook, teria, segundo Ciro, gerado compartilhamentos massivos apenas do título, o que, em sua visão, desabonaria sua imagem. O pedetista alegou que o conteúdo técnico do artigo não era acessível à maioria da população, resultando em danos à sua reputação.

Além disso, Ciro mencionou postagens feitas por Hermes em setembro de 2021, que considerou ofensivas e difamatórias, acusando o colunista de abusar da liberdade de expressão. No entanto, em 24 de outubro de 2023, a 10ª Vara Cível de Porto Alegre julgou a ação improcedente. O juiz Alexandre Schwartz Manica ressaltou que, como figura pública, Ciro está sujeito a maior exposição e críticas, que são inerentes ao jogo político. “A parte autora, por ser um político, está exposta a uma maior visibilidade, uma maior exposição pública, em que a crítica como opinião nem sempre fere a imagem e a intimidade”, afirmou o magistrado.

Ciro foi condenado a pagar as custas processuais e honorários advocatícios, calculados em 10% sobre o valor atualizado da causa, com correção monetária. O político não recorreu da decisão e, mesmo após ser intimado, não quitou a dívida. Uma advogada de Hermes explicou ao Metrópoles que tentaram bloquear valores em contas bancárias de Ciro, mas não foram encontrados recursos. “No intuito de recebermos o valor que se aproxima de ínfimos R$ 1.000, realizamos um bloqueio nas contas, contudo não foi localizado qualquer valor em conta bancária e agora houve a inscrição dele nos órgãos de restrição de crédito”, disse. A reportagem não conseguiu contato com Ciro.

Ironicamente, em suas campanhas presidenciais de 2018 e 2022, Ciro Gomes defendeu o programa "Nome Limpo", que prometia quitar dívidas de consumidores com restrições no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).