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Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2023 às 17:28
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou, nesta terça-feira (15), em coletiva de imprensa, que o apagão foi resultado de um evento "raro" que aconteceu no Ceará e pediu que a Polícia Federal investigue, junto a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a responsabilidade de uma possível ação humana no caso.
A queda de energia afetou todas as unidades da federação, com exceção de Roraima, e foi normalizada primeiro nos estados do Sul e Sudeste, mas permaneceu por 6 horas em estados do Norte e Nordeste. Segundo o governo, o problema foi "100% solucionado às 14h49".
"O que aconteceu hoje é extremamente raro que aconteça, porque nós temos um sistema redundante. Para acontecer um eventos dessa magnitude, nós temos que ter tido dois eventos concomitantes, em linhas de transmissão de alta capacidade. Dados técnicos serão passados no momento adequado. Serão passados nas próximas 48 horas", especificou.
A situação aconteceu um dia após a renúncia do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior. Sobre o assunto, Silveira disse que a privatização da Eletrobras "fez mal" ao país. Ele afirmou que ficou sabendo sobre a renúncia do presidente pela imprensa, mesmo a União tendo 40% das ações.
"A Eletrobras era o braço operacional do setor elétrico brasileiro, responsável por mais 40% da transmissão nacional, mais de 33% da geração do país (...). O braço operacional do setor elétrico realmente… Os brasileiros e brasileiras perderam muito com a privatização da Eletrobras".
Ele disse ainda que o apagão não tem "nada a ver" com a segurança energética do Brasil. "Antes de tudo, precisamos destacar que o ocorrido não tem nada a ver com o suprimento energético. Vivemos um momento de abundância dos reservatórios", afirmou o ministro.