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Polícia quer exumar corpo de namorado de serial killer para confirmar suspeita de envenenamento

Estudante de Direito é suspeita de matar pelo menos quatro pessoas envenenadas, entre janeiro e maio desse ano

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 19 de outubro de 2025 às 14:32

Ana Paula Veloso Fernandes
Ana Paula Veloso Fernandes Crédito: Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo vai pedir a exumação do corpo do tunisiano Hayder Mhazres, 21 anos, para confirmar se ele foi envenenado pela então namorada, a estudante de Direito Ana Paula Veloso Fernandes, 36, presa e apontada como uma serial killer. Ela é suspeita de matar pelo menos quatro pessoas envenenadas, entre janeiro e maio desse ano, nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Segundo a investigação, ela teria colocado veneno em comidas e bebidas oferecidas às vítimas, inclusive ao próprio namorado. Três corpos foram exumados, mas ainda não saíram os resultados dos exames para indicar qual substância letal foi encontrada neles.

Hayder passou mal em maio, na capital paulista, logo após tomar um milkshake comprado por Ana Paula. Ele chegou a ser socorrido e levado a um hospital, mas não resistiu. O corpo foi levado pela família à Tunísia, onde foi enterrado sem a realização de exames que pudessem indicar envenenamento. Como está fora do Brasil, a exumação depende de cooperação internacional e do consentimento da família, que é muçulmana e, inicialmente, resistiu à ideia de abrir o túmulo.

Ana Paula Veloso Fernandes por Reprodução

“A primeira parte era a autorização da família, que, por questões pessoais e religiosas, estavam reticentes com relação à possibilidade de exumação. Agora, a família parece estar mais consciente e consentindo”, disse ao G1 SP o delegado Halisson Ideiao Leite, do 1º Distrito de Guarulhos, na Grande São Paulo, responsável por investigar as quatro mortes. A polícia afirma que passou meses dialogando com parentes do tunisiano para explicar a importância da exumação. Com o aval familiar, a corporação pretende solicitar autorização judicial no Brasil e acionar a Embaixada da Tunísia em São Paulo e autoridades locais para viabilizar o procedimento.

No caso de Hayder, segundo a investigação, Ana Paula decidiu matá-lo após o rapaz pôr fim ao namoro. Depois, ela mentiu sobre uma gravidez para tentar extorquir dinheiro da família do tunisiano. Além dele, a estudante é investigada pelas mortes de Marcelo Hari Fonseca e Maria Aparecida Rodrigues, ambas em Guarulhos, e de Neil Corrêa da Silva, em Duque de Caxias, cidade fluminense. De acordo com a investigação, a estudante cometeu os crimes por motivações financeiras, patrimoniais e de vingança — e também sentia prazer em matar.

Ana Paula estava perto ou comunicou à polícia todas as quatro mortes, o que chamou a atenção das autoridades. Presa desde julho, ela confessou envolvimento nos assassinatos de Marcelo e Neil. E negou ter matado Maria e Hayder.