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Wendel de Novais
Publicado em 30 de dezembro de 2025 às 15:02
Antes de perseguir, atropelar e matar Raphael Canuto da Costa, de 21 anos, e Joyce Correa da Silva, de 19, em São Paulo, Geovanna Proque da Silva, de 21, enviou mensagens com tom de ameaça a uma amiga em comum. Na conversa, ela demonstrou irritação ao saber que Raphael, então namorado, estaria organizando um churrasco com a presença de outras mulheres, além da própria interlocutora. >
Em um print de WhatsApp, é possível perceber o tom agressivo adotado por Geovanna. Ela inicia o diálogo afirmando que, embora respeitasse a amiga, não aceitaria a presença de nenhuma outra mulher no local, além de fazer ofensas contra Raphael por ele, segundo ela, “não saber se impor”. A conversa se intensifica quando a jovem ameaça ir até o local, agredir o namorado e “quebrar tudo” caso a situação não fosse resolvida.>
Geovanna mandou mensagens ameaçadoras antes do crime
Mesmo após a explicação de que a convidada era apenas uma “comadre”, acompanhada de um afilhado, em um churrasco de caráter familiar, Geovanna manteve a postura intimidatória e encerrou a conversa com a frase: “é por bem ou por mal”. Em seguida, ela teria pegado o carro e, ao avistar Raphael e Joyce juntos em uma motocicleta, passou a persegui-los no trânsito, culminando no atropelamento fatal.>
Raphael tinha planos de viajar com a suspeita no dia seguinte ao crime. “Já se conheciam havia cerca de um ano, eram ficantes. Mas Raphael pediu ela em namoro no final de novembro, deu até aliança de compromisso. E havia combinado com ela de viajarem para Minas, onde iriam celebrar a data”, afirmou o advogado da família, Fábio Gomes da Costa, em entrevista ao g1 nesta terça-feira (30).>
Geovanna atropelou Raphael e Joyce
Segundo a investigação, a perseguição durou cerca de 500 metros até que o carro atingisse a motocicleta. Com a violência do impacto, Raphael e Joyce foram arremessados a aproximadamente 30 metros de distância e morreram no local. Após o atropelamento, Geovanna fugiu, mas passou mal e precisou ser levada a um hospital. No momento da prisão, ela informou aos policiais militares que havia ingerido antidepressivos. O caso é apurado como homicídio qualificado e lesão corporal na direção de veículo automotor.>