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Prefeito no Maranhão não paga professores e culpa tarifaço de Trump

Explicação não convenceu o sindicato da categoria, que reagiu com duras críticas

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 11 de agosto de 2025 às 08:55

O prefeito Domingos Erinaldo (PcdoB), mais conhecido como Toca Serra
O prefeito Domingos Erinaldo (PcdoB), mais conhecido como Toca Serra Crédito: Divulgação

A Prefeitura de Pedro do Rosário (MA) decidiu adiar o pagamento de valores retroativos reivindicados por servidores públicos municipais, alegando impactos orçamentários provocados pela nova política tarifária dos EUA. Em ofício encaminhado ao Sindicato dos Trabalhadores da Administração e do Serviço Público Municipal (SINTASPMPR), o prefeito Domingos Erinaldo (PcdoB), mais conhecido como Toca Serra, justificou a medida com base no aumento de 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros exportados para o mercado norte-americano, determinada pelo presidente Donald Trump.

Município com 24 mil habitantes, Pedro do Rosário não exportou nenhum item em 2025, segundo dados do Monitor do Comércio Exterior Brasileiro. O prefeito alega que a decisão foi tomada por precaução, diante do que considera um cenário internacional incerto, com possível reflexo direto sobre as finanças locais. “Considerando ainda a possibilidade de queda da arrecadação federal e a diminuição nos valores dos repasses aos municípios, a municipalidade por prudência entendeu por adiar o pagamento do retroativo dos servidores até que melhore o cenário internacional evitando o descumprimento do calendário do pagamento dos salários dos servidores públicos”, diz trecho do ofício enviado ao sindicato.

A gestão argumenta que a elevação das tarifas nos EUA pode reduzir a exportação de produtos brasileiros, impactando a arrecadação de tributos pela União e, por consequência, os repasses constitucionais como FPM e Fundeb, fontes importantes para o orçamento municipal. A prefeitura também afirmou que já implantou direitos como promoções, progressões e quinquênios para os servidores.

No entanto, a explicação não convenceu o sindicato da categoria, que reagiu com duras críticas. Em nota, o SINTASPMPR classificou a justificativa como “um insulto à inteligência” dos trabalhadores e afirmou que a política externa dos Estados Unidos não interfere na execução da folha de pagamento de uma prefeitura do interior do Maranhão. Para o sindicato, trata-se de uma tentativa de mascarar problemas internos de gestão e desequilíbrio fiscal.

O ofício enviado pela prefeitura inicialmente utilizava o termo "importação" de forma equivocada ao se referir à movimentação de produtos brasileiros para os Estados Unidos. Posteriormente, a administração retificou a informação e confirmou que se referia, na verdade, à exportação, o que motivaria a queda na arrecadação nacional.

Apesar da polêmica, o prefeito reafirmou o compromisso da gestão com o pagamento em dia dos salários. “O município de Pedro do Rosário mantém o calendário de pagamento de salário dos servidores públicos municipais pago rigorosamente em dia”, afirmou no comunicado oficial.