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'Quem fez tem que pagar', diz mãe de criança de 11 anos que morreu após ser espancada em escola

Menina chegou a ser levada para posto de saúde e liberada; em casa, começou a vomitar sangue

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 08:30

Alícia Valentina
Alícia Valentina Crédito: reprodução

Ainda em choque com a morte de Alícia Valentina, 11 anos, que morreu após ser espancada dentro da escola onde estudava em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco, a mãe da garota, que não quis ser identificada, clama por justiça. "Minha filha não era de briga. Todo mundo gostava dela. [...] Chegar aqui e bater assim, espancar, né? E vai ficar por isso? Não, eu quero justiça", declarou a mãe, em entrevista ao G1 PE. Ela disse que só soube da gravidade dos ferimentos no segundo hospital que atendeu a criança, em Salgueiro, também no Sertão.

A criança foi espancada na quarta-feira (3), na Escola Municipal Tia Zita. A mãe de Alicia disse que, em nenhum momento enquanto era socorrida, a filha contou como ocorreram as agressões. Segundo a mãe, Alícia foi atendida em três unidades de saúde no interior antes de ser transferida para o Hospital da Restauração, no Centro do Recife, onde teve morte cerebral confirmada na noite do último domingo (7). O caso é investigado pela Polícia Civil.

“Alícia era uma menina doce, não mexia com ninguém, era calma, todo mundo de Belém gostava dela. Então, eu peço justiça por isso. Quem fez tem que pagar [...] Isso não pode ficar assim”, afirmou a mãe. O pai da criança, que também não quis ser identificado, afirmou também que a filha nunca se envolvia em brigas e demonstrou indignação com o episódio de violência.

No colégio, ninguém soube explicar à família em que circunstâncias ela foi agredida, mas uma das professoras do local chegou a dizer que ao menos parte da confusão foi registrada por uma câmera de segurança. "Cheguei na escola, a professora disse que tinha sido dentro do banheiro, mas também não sabia explicar o que aconteceu. Aí disse que tinha dois garotos e uma menina na porta, não sabe se estava segurando, e a filmagem, que ele [um dos garotos] estava dando um soco. Mas ali não foi só um soco, não. Ali foi de pé ou bateu com a cabeça dela na pia ou na privada", disse ao G1 PE.

A mãe de Alícia contou que foi avisada sobre o estado de saúde da filha por uma professora. Segundo ela, depois do espancamento, a menina foi levada para o hospital do município e, após ser medicada, foi liberada pela médica. Em casa, a mãe resolveu levar a filha ao posto de saúde ao ver que a garota tinha vomitado sangue. A paciente foi, então, encaminhada para o hospital de Salgueiro, que fica a cerca de 80 quilômetros de Belém do São Francisco. "Foram feitos vários exames. Não acusou nada nos exames. Foi feita a tomografia, tirou raios-x. E aí aconteceu que o médico falou que era uma lesão no cérebro. Tinha sido uma pancada muito forte. Não tinha sido um tapa de jeito nenhum", afirmou, em entrevista à TV Globo.