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Bruno Wendel
Publicado em 6 de dezembro de 2025 às 13:03
Larissa Gomes da Silva, de 26 anos, era uma policial militar dedicada e mãe de três crianças, que vivia um relacionamento marcado por recorrentes agressões cometidas pelo companheiro, o soldado Joaquim Filho — autor dos disparos que a mataram na tarde de quarta-feira (3), no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza. >
A agente ingressou na Polícia Militar do Ceará em 22 de junho de 2022 e estava lotada na 1ª Companhia do 15º Batalhão. Segundo Fabíola Paiva, mãe da policial, Larissa sempre foi estudiosa e batalhou para ingressar na corporação. “A gente veio de favela e ela teve a visão de ir mais pra frente, estudar e passar no curso de formação”, conta Fabíola, em entrevista à TV Verdes Mares. >
A jovem conheceu Joaquim Filho durante o curso de formação. O relacionamento durou quatro anos. “Ele já deu tiro na garrafa dela por ciúme. Tiro no sofá, no chão da casa. Já rasgou o colchão todinho. Até o dente dela ele quebrou”, relata Fabíola. Em uma das agressões, a policial foi atingida com coronhadas na cabeça.>
Policiais mortos
Além da violência física, Joaquim afastava Larissa de amigos e dos próprios filhos, que moravam com a avó paterna, disse a mãe, que chegou a ser ameaçada quando tentou denunciar o genro. “Ele bateu foto do meu apartamento e disse que sabia onde eu morava.”>
Na quarta-feira, durante mais uma discussão, Joaquim afirmou à polícia que houve troca de tiros entre o casal. Larissa foi baleada no abdômen e no tórax. Os dois foram socorridos à UPA do Eusébio, mas a policial não resistiu.>
O militar, atingido na perna, está internado em um hospital de Fortaleza, onde permanece internado sob escolta e com estado de saúde estável. As armas usadas pelos dois pertenciam à corporação e foram apreendidas na cena do crime. A ocorrência será investigada pela Coordenadoria de Polícia Judiciária Militar e Disciplina.>