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Larissa Almeida
Publicado em 19 de agosto de 2025 às 07:00
Inimigos dos apressados no trânsito, os radares de velocidade se tornaram assunto nos últimos dias desde que foram suspensos os contratos de 26 estados e do Distrito Federal com o programa que viabiliza o processamento de imagens captadas por eles. Com isso, as rodovias federais sob administração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estão sem possibilidade de aplicação de multa para quem cometer excesso de velocidade por tempo indeterminado, uma vez que a tecnologia é o método mais eficaz para identificar esta infração. >
A suspensão do programa compromete apenas os radares fixos nas rodovias federais. Os radares desse tipo são equipamentos instalados de forma permanente em pontos estratégicos das rodovias, definidos com base em estudos técnicos sobre fluxo de veículos e índices de acidentes. >
“Eles funcionam por meio de sensores embutidos no pavimento ou de feixes eletromagnéticos que monitoram a velocidade dos veículos que passam pelo local. Quando um veículo ultrapassa o limite permitido, o radar registra automaticamente a infração, capturando imagens que mostram placa, data, hora, local e velocidade aferida”, explica Fábio Rocha, policial rodoviário e integrante do núcleo de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Bahia. >
As informações obtidas pelos radares, posteriormente, são encaminhadas para processamento e autuação pelo órgão competente. Essa parte é feita por técnicos ou por agentes de trânsito que verificam cada uma das imagens antes de seguir para o processo de aplicação de multa. >
Confira os radares espalhados na BR-324
Já os radares móveis, conforme esclarece o especialista em trânsito Luide Souza, funcionam emitindo ondas de rádio que são refletidas pelo veículo em movimento. Os dispositivos são monitorados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Ou seja: a velocidade do seu carro emite ondas que são captadas por seus sensores no momento em que passa por eles”, diz. >
Segundo o especialista, os móveis costumam ser mais eficazes porque a localização dos radares é imprevisível. Dessa forma, há uma exigência maior e mais rigorosa na conduta dos motoristas, que podem ser multados em qualquer área monitorada se ultrapassarem a velocidade permitida. >