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Estresse pode reduzir a sua longevidade; veja cinco formas de combatê-lo

De acordo com a International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR),72% dos trabalhadores brasileiros estão estressados

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 6 de dezembro de 2025 às 14:37

O estresse crônico libera hormônios que podem afetar a saúde articular mesmo sem lesões prévias (Imagem: Josep Suria | Shutterstock)
[Edicase]O estresse crônico libera hormônios que podem afetar a saúde articular mesmo sem lesões prévias (Imagem: Josep Suria | Shutterstock) Crédito: Imagem: Josep Suria | Shutterstock

De acordo com o relatório "World Mental Health Day 2024", o Brasil é o quarto país mais estressado do mundo. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 18 milhões de brasileiros sofrem com transtornos de ansiedade. A International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) também revelou que 72% dos trabalhadores brasileiros estão estressados, um nível alarmante que pode comprometer diretamente a longevidade.

Na avaliação da médica endocrinologista Jacy Alves, o estresse crônico afeta todo o organismo, aumentando os níveis de cortisol e favorecendo doenças como hipertensão, diabetes e depressão. Inicialmente, a resposta ao estresse envolve a liberação de hormônios como as catecolaminas e o cortisol, que desempenham um papel protetor ao preparar o corpo para situações de luta ou fuga.

Estresse provoca série de doenças que causam manchas vermelhas na pele por Shutterstock

No entanto, quando esses hormônios permanecem em níveis elevados por conta do estresse crônico, suas funções se tornam prejudiciais, acelerando a progressão de diversas doenças. "Dessa forma, o impacto cumulativo do estresse crônico sobre o organismo não apenas desgasta os sistemas corporais, mas também diminui a capacidade do corpo de se regenerar e se proteger contra novas agressões", explica a endocrinologista.

Cada vez mais, governos e outras organizações estão se conscientizando sobre a disseminação deste preocupante problema. Nesse cenário, os profissionais de saúde estão definindo o estresse como o "assassino silencioso". Nos últimos anos, esse fenômeno tem sido amplamente estudado, e algumas descobertas significativas foram feitas.

A principal revelação é que o estresse, em si, não é o problema central. O verdadeiro desafio reside na falta de recuperação adequada. A recuperação não apenas permite que o ser humano reponha suas energias, mas também promove o crescimento e o desenvolvimento, atuando como o gatilho para tornar o sistema mais resiliente e antifrágil.

Como o estresse acelera o envelhecimento

Estudos mostram que o estresse constante afeta diretamente as células do corpo, reduzindo a produção de antioxidantes naturais e favorecendo a inflamação crônica. Esse processo causa o envelhecimento precoce, comprometendo órgãos vitais e aumentando o risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

"A exposição contínua ao estresse também pode comprometer a qualidade do sono, reduzindo a capacidade do organismo de se recuperar e equilibrar os hormônios essenciais para uma vida longa e saudável", destaca a especialista. Gerenciar o estresse de maneira eficaz é essencial para assegurar uma vida longa e saudável.

Cinco formas de combater o estresse 

  • Praticar atividades físicas regularmente: Exercícios físicos liberam endorfinas, popularmente conhecidas como "hormônios da felicidade", que são essenciais para o bem-estar.
  • Melhorar a qualidade do sono: Garantir um bom sono ajuda a regular os hormônios do estresse e fortalece o sistema imunológico.
  • Adotar técnicas de relaxamento: Práticas como meditação, yoga e exercícios de respiração profunda são eficazes para reduzir a tensão.
  • Alimentar-se de forma equilibrada: Adotar uma dieta majoritariamente composta por alimentos de origem vegetal, ricos em antioxidantes, pode ajudar a mitigar os impactos negativos do estresse no organismo.
  • Buscar apoio emocional: Conversas com amigos, familiares ou profissionais de saúde mental podem aliviar o estresse emocional.

Para integrar essas práticas de recuperação no dia a dia, é possível realizar atividades em diferentes níveis:

  • Nível micro:
    Reserve pequenas pausas ao longo do dia para caminhar, tomar um café ou simplesmente respirar; meditar; realizar refeições agradáveis com amigos ou familiares; e incluir exercícios aeróbicos na rotina;
  • Nível médio:
    Priorize noites de sono reparadoras e aproveite dias de folga para se desconectar e relaxar;
  • Nível macro:
    Planeje férias de acordo com suas preferências pessoais para proporcionar um descanso mais prolongado e significativo.

Essas práticas, inseridas na rotina diária, contribuem significativamente para melhorar a capacidade de recuperação e, consequentemente, lidar melhor com o estresse. "Cuidar da saúde mental é crucial para viver mais e melhor. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer uma grande diferença na sua longevidade", conclui a Dra. Jacy Alves.