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Som alto, loló e fuzis: saiba como eram os bailes do CV no Rio antes de megaoperação

Principais festas aconteciam nos complexos do Alemão e da Penha

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Esther Morais

Publicado em 2 de novembro de 2025 às 08:36

saiba como eram os bailes do CV no Rio antes de megaoperação
Saiba como eram os bailes do CV no Rio antes de megaoperação Crédito: Reprodução

Refletores, palco montado e som alto. As festas organizadas pelo Comando Vermelho no Rio de Janeiro tinham estrutura completa. Vídeos que circulam nas redes sociais ainda mostram dezenas de jovens dançando ao som do funk - em alto e bom som - enquanto traficantes circulam livremente pela área exibindo fuzis e entorpecentes.

Em algumas gravações, é possível ver suspeitos, aparentemente sob efeito de drogas, fazendo o gesto de arma com as mãos e apontando para o céu. As festas da facção aconteciam, principalmente, nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital.

Segundo especialistas em segurança pública, os bailes funk funcionam como uma forma de demonstração de poder do tráfico e de fortalecimento da liderança criminosa sobre a comunidade.

128 Mortos na Megaoperação do Policia do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho. Centenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro por Tomaz Silva /Agência Brasil

Os registros foram feitos antes da megaoperação deflagrada no dia 28 de outubro de 2025, que deixou mais de 120 mortos, 113 presos e resultou na apreensão de 118 armas, sendo 91 fuzis e 14 artefatos explosivos, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

A ação, batizada de Operação Contenção, mobilizou cerca de 2.500 agentes de segurança e foi considerada pelo governo estadual “o maior golpe” contra o Comando Vermelho. O material bélico apreendido é avaliado em aproximadamente R$ 5,4 milhões - cada fuzil custa, em média, R$ 60 mil no mercado clandestino.

De acordo com a corporação, o arsenal era utilizado para impor domínio territorial e intimidar tanto facções rivais quanto as forças policiais. Entre os mortos, estavam quatro agentes de segurança. O governo do estado confirmou que parte dos suspeitos mortos era oriunda de outros estados, como Bahia, Pará e Amazonas, evidenciando o alcance nacional da facção.

Entidades de direitos humanos apontaram que a ação pode ter sido a operação policial mais letal da história do Rio.

Com informações do Metrópoles, parceiro do CORREIO.