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Tiroteio político: operação no Rio transforma segurança em arma eleitoral para 2026

Com Lula acuado e a direita em alta nas redes, a crise fluminense redefine o debate sobre crime, governo e poder no Brasil.

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 1 de novembro de 2025 às 06:00

O ministro da Justiça Ricardo Lewandowski e o governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

A operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, relegou ao esquecimento o encontro entre os presidentes Donald Trump e Lula no início da semana e reaqueceu a disputa pelo poder em Brasília. O assunto motivou quase 4,5 milhões de menções nas redes sociais apenas na terça e quarta-feira, de acordo com levantamento da consultoria Bites e hoje ninguém mais se lembra que Trump até feliz aniversário para Lula chegou a desejar.

Segundo o levantamento, nesta disputa por território, a direita se saiu um pouco melhor. Das 100 mensagens com mais interações no Twitter, Facebook e Instagram, 40 foram de nomes ligados ao espectro mais conservador, enquanto 32 foram de esquerditas ou críticos da direita, além de 28 postagens neutras. Todas juntas, elas alimentaram mais de 50 milhões de interações.

Os nomes mais citados, como era de se esperar, foram Lula e Castro. “Houve uma comoção grande. A direita apostou em uma defesa da polícia, mais do que ao governo Castro. Já a esquerda mostrou dificuldade em ressoar o discurso sobre segurança nas redes”, avalia André Eler, diretor-técnico da Bites.

Moradores recolhem corpos na zona norte do Rio de Janeiro por Tomaz Silva/Agência Brasil

Os movimentos nas redes sociais são sinais de uma disputa quase tão acirrada quanto a travada nos morros, ainda que os seus desfechos não sejam trágicos como as imagens da Praça São Lucas, na Penha. No primeiro embate direto entre as autoridades, o governador do Rio, Claudio Castro, se queixou da falta de apoio federal e ouviu de Brasília que ele não pediu ajuda. No final das contas, a Polícia Federal disse ter sido informada da ação e optou por não participar. O governador citou também que não contou com blindados da Marinha, que ele não pediu oficialmente desta vez.

Em matéria de discurso, os dois lados estavam abastecidos. No que dizia respeito à desejável cooperação entre o estado e a União, as primeiras boas notícias só começaram a aparecer 24 horas depois, com o anúncio conjunto da criação de um escritório emergencial para tratar da crise.

Se administrativamente, a coisa meio que esfriou, a batalha ideológica seguiu quente, com muita gente resgatando a derrapada de Lula ao colocar traficantes como vítimas de usuários de drogas. Ele se retratou, é verdade, mas o estrago já tinha sido feito. Nas cordas, o presidente trocou o improviso por uma mensagem friamente calculada e divulgada por escrito em seu perfil nas redes sociais. Nela, o presidente cita inclusive policiais antes até de crianças e famílias, quando fala sobre as maiores vítimas do crime organizado.

Esse tipo de declaração dificilmente cai no esquecimento. Basta lembrar que a terrível comparação feita pelo ministro Rui Costa entre os policiais que protagonizaram a chacina do Cabula com "artilheiros na frente do gol" voltou à tona agora, dez anos depois. O chefe da Casa Civil, que foi escolhido por Lula para conduzir as questões federais no Rio, estava em seu primeiro ano como governador e enfrentava a sua primeira grande crise. Falou sem pensar, o que é indesculpável em momentos como o atual.

“O uso político agora vai ser gigantesco”, avaliou Joana Monteiro, professora de políticas públicas da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ebape), numa entrevista ao Valor. Ela é especialista em avaliar o impacto de ações dos governos, especialmente na área de segurança pública e justiça criminal. Para Joana, a segurança pública vai ser o principal assunto nas eleições de 2026 e o governo federal terá de entender o cenário ou “terá problemas”. Alguém duvida desta previsão?

Sintonia total

Por falar no encontro entre Lula e Trump, o desprezo em relação à imprensa no momento público do encontro mostrou que os dois líderes estão mais sintonizados do que muita gente pensa. Ao ouvir Lula reclamar que os dois estavam “perdendo tempo” falando com a mídia, Trump aproveitou a bola levantada pelo seu mais novo amigo: “A mídia nem precisa de tanto tempo, suas perguntas são muito tediosas”. É verdade que neste momento o brasileiro se calou, mas não dizem que quem cala consente? Quem diria...

Nave alienígena?

O comportamento "imprevisível" do cometa interestelar 3I/Atlas vem alimentando uma gigantesca onda de boatos. A Nasa anunciou uma campanha de observação entre 27 de novembro e 27 de janeiro de 2026 para melhorar as técnicas de observação usadas por astrônomos de todo o mundo. A preocupação da agência é aproveitar o evento para tentar encontrar pistas sobre a formação do universo, mas tem gente imaginando que o objeto interestelar seria na verdade uma nave alienígena. Nada a ver com um "protocolo contra ameaças espaciais". Ah, o 3I/Atlas também não representa um perigo contra a Terra, vai passar a 270 milhões de quilômetros de distância.

Festa alienígena

Apesar de culturalmente continuar como uma festa alienígena aqui no Brasil, o Halloween, comemorado no dia 31 de outubro todos os anos, vem ganhando importância para o comércio brasileiro. No ano passado, a festa movimentou R$ 3,7 bilhões, com um crescimento de quase 20% em relação ao ano anterior, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Redescoberta da MPB

Entre 2022 e 2024, o consumo da música popular brasileira (MPB) cresceu em média 47%. Na faixa etária de 18 a 24 anos, a alta foi de 64%.

meme da semana

A recente aproximação entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou a militância esquerdista brasileira confusa. E agora, vão chamar o magnata norte-americano de companheiro Trump? Crédito: Reprodução @blogdonoblat

(Viu algum meme interessante? Encaminha para donaldson.gomes@redebahia.com.br)

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