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'Sua filha está morta, pare de encher o saco', disse padrasto ao pai de criança enterrada no quintal

Mãe e padrasto confessaram o crime e alegaram que mataram a menina porque ela atrapalhava o relacionamento deles

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 15 de outubro de 2025 às 15:08

Maria Clara Aguirre Lisboa
Maria Clara Aguirre Lisboa Crédito: Reprodução

Padrasto da menina de 5 anos assassinada em Itapetininga, no estado de São Paulo, Rodrigo Ribeiro Machado enviou áudio para o pai biológico da menina, falando que Maria Clara Aguirre Lisboa estava morta. "Mano, você é surdo também, cara? Não me irrite não, parça. Já falei, parça. Não vou nem mais responder você, mano. Já falei, sua filha está morta, não existe mais, parça. Pare de ficar enchendo o saco, entendeu? Para de mandar mensagem, falou?". As informações são do G1 Itapetininga.

A morte da garota seria um motivo para não haver mais contato entre o pai e a mãe da criança. "Eu não vou perder mais meu tempo, falou? Por que é o seguinte... você não tem mais nenhum vínculo com a Luiza, certo? Não tem filha, não tem mais nada, certo? Ele já tá morto. Então, eu preciso nem gastar saliva com você, nem responder você. Nem a família sua, falou?", completou Rodrigo no áudio enviado.

Corpo de Maria Clara foi enterrado e concretado no quintal por Reprodução

O corpo de Maria Clara foi encontrado enterrado nesta terça-feira (14), no quintal da casa do suspeito. A mãe da menina Luiza Aguirre Barbosa da Silva e o padrasto foram presos e confessaram o crime. Eles serão indiciados por homicídio e ocultação de cadáver. Luiza e Rodrigo passaram por audiência de custódia nesta quarta-feira (15) e a Justiça manteve a prisão deles.

Segundo a avó paterna da garota, Vanderleia Monteiro do Amaral, 50, o suspeito do assassinato mandou o áudio para o filho pelo telefone de Luiza da mãe da criança, há duas semanas. O áudio foi acrescentado ao inquérito policial. O casal admitiu à polícia que a menina "atrapalhava" a vida deles e que descontava a frustração e a raiva na criança. Durante as agressões, foi utilizada uma rebitadeira, ferramenta que foi apreendida pela polícia com manchas de sangue.

A avó da criança já havia percebido marcas de agressões com uso de força nos punhos da menina quando ela a visitava, nos fins de semana. Segundo a Polícia Civil, a menina sofria agressões frequentes da mãe e do padrasto. Segundo o delegado Franco Augusto, o corpo de Maria Clara foi encontrado no quintal da casa do padrasto.

Os dois demoraram cerca de dois dias após o homicídio para enterrar o corpo, e o local foi concretado para ocultar o crime. Ainda conforme o delegado, o padrasto já tinha histórico criminal e torturava psicologicamente a criança e a mãe dela, utilizando a menina como forma de pressão, além de agredi-la fisicamente.

As primeiras informações da perícia indicam que o corpo de Maria Clara estava enterrado havia aproximadamente 20 dias. O caso começou a ser investigado após uma denúncia feita ao Conselho Tutelar pela avó Vanderleia, que comunicou o desaparecimento da menina. Inicialmente, a polícia não trabalhava com a hipótese de homicídio.

Rodrigo e Luiza foram localizados também na terça-feira, mesmo dia em que o corpo foi encontrado, e levados à delegacia, onde confessaram o crime. A Polícia Civil investiga também a responsabilidade dos pais de Rodrigo, que moravam no local e são os donos da casa onde o corpo foi encontrado.