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Ataque aconteceu por volta das 9h. Homem foi atingido por três disparos
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2019 às 12:04
- Atualizado há um ano
Antes de invadirem a escola estadual Professor Raul Brasil, os dois adolescentes foram até uma loja de veículos e atiraram no dono do estabelecimento, tio de um dos assassinos. A informação foi divulgada pelo coronel Marcelo Salles, comandante da Polícia Militar de São Paulo, em entrevista coletiva, na instituição, por volta do meio dia desta quarta-feira (13).
Jorge Antonio de Moraes, dono da Jorginho Veículos, foi baleado pelo sobrinho, Guilherme Taucci, de 17 anos, em seu escritório, dentro da loja. Ele não resistiu e morreu.
"Foram dois atiradores queforam num lava rápido aqui em frente à escola e atiraram em um homem. Esse senhor está sendo submetido a uma cirurgia na Santa Casa de Suzano neste momento", disse coronel logo após o atentado.
Após os disparos na oficina, os adolescentes entraram na escola pela porta da frente e atiraram na coordenadora pedagógica e em outra funcionária. Uma parte dos alunos estavam em intervalo de aulas.
"Os estudantes estavam na hora do lanche, eles foram ao pátio, atiraram em mais quatro alunos do ensino médio. Só tinham alunos do ensino médio. Depois, eles foram ao centro de línguas. Os alunos se fecharam na sala com a professora e eles se suicidaram no corredor", detalhou o comandante da PM.
Ainda segundo Salles, foram encontradas quatro peças de plásticos para recarregamento de armas. Foram usadas no ataque uma arma de calibre 38 e besta (arma medieval com flecha).
Dentro da escola também foram encontradas artefatos que podem ser explosivos, por isso o esquadrão antibombas está no local fazendo uma varredura.
As famílias das vítimas estão sendo atendidas no Caps da prefeitura.
Na coletiva, o governador de São Paulo, João Dória, disse que ficou chocado com a cena. "Foi a cena mais triste que eu já vi. Eu fico muito triste que um fato como esse ocorra no nosso país. Deixo meu sentimento às famílias".
Barricada Duas merendeiras contaram como conseguiram salvar alguns estudantes enquanto os atiradores abriam fogo na escola.
"A gente só ouvia muitos tiros e muito desespero. Nós abrimos a porta da cozinha para entrada dos estudantes. Quando os tiros começaram a se aproximar, nós fechamos e colocamos uma geladeira atrás da porta para evitar que eles entrassem. Nós tivemos a ideia de colocar o freezer para proteger a janela.
A mãe de uma aluna do centro de idiomas da escola estadual contou que a filha estava em horário de aula quando os dois adolescentes chegaram. Ela recebeu uma ligação da filha pedindo socorro.
"Eu fiquei sabendo porque ela me ligou e me disse: 'mãe, corre pra cá porque tá tendo tiroteio'. Ela estava gritando. A sorte que um vizinho etsava perto e me trouxe. Eu disse pra ela procurar um lugar seguro. Eu peguei carona com uma outra mãe pra chegar", contou Rose.
Para evitar que fossem baleados, eles seguraram a porta da sala. "Ela estava no período de aula e ouviu o barulho e disse que era tiro, mas a professora disse que era bombinha. Só que a professora fechou a porta e saiu. Só que logo a professora voltou correndo, fechou a porta e ficou segurando a porta, porque eles tentaram entrar na sala dela", completou Rose.