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Wladmir Pinheiro
Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 09:41
O casal de turistas de Mato Grosso, que foi agredido por comerciantes na praia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco, após se recusar a pagar um aumento no valor cobrado pelo uso de cadeiras de praia, falou sobre as agressões que ocorreram na tarde de sábado (27). Um deles precisou de atendimento médico. >
Segundo o relato dos empresários Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, que estavam de férias no local, o dono da barraca ofereceu o aluguel das cadeiras por R$ 50, mas, ao final, o valor foi elevado para R$ 80, o que motivou a discussão.>
Confusão terminou com turistas agredidos por barraqueiros
"A gente chegou na praia, e um rapaz nos ofereceu o serviço da barraca, duas cadeiras e guarda-sol, por R$ 50. Na hora de pagar ele nos cobrou R$ 80. Eu falei: 'Cara, não é justo, eu vou te pagar os R$ 50. Ele disse: 'Não, você vai me pagar os 80'", disse em um vídeo nas redes sociais.>
De acordo com os turistas, a recusa em pagar o novo valor resultou em agressões praticadas por comerciantes da região. O episódio foi registrado em vídeo e será apurado pelas autoridades.>
"O cara já pegou uma carreira e jogou em mim, juntou uns 10, 15 [comerciantes] em cima de mim, me deram vários pontapés, me agrediram mesmo, eu não tive reação", dise Johnny. 'O Clayton saiu correndo pra pedir ajuda, mas não tinha nenhum policiamento, não tinha ninguém em volta pra nos ajudar. O Corpo de Bombeiros estava do lado e não fizeram nenhuma questão de nos ajudar, estavam ali do lado, na hora que viram que eles iam nos linchar, que iam nos matar, eles interferiram, mas antes deixou a gente apanhar de forma muito brutal", disse.>
Johnny disse que acredita que o fato de serem um casal gay pode ter influenciado na violência dos ataques.>
"Tinha aproximadamente uns 15 a 20 barraqueiros me batendo. Cleiton, meu companheiro, estava próximo e pediu para eles pararem com aquela agressão e saiu correndo para o outro lado para pedir ajuda. Eu acredito também que foi algo homofóbico também porque eles perceberam que nós somos um casal gay", disse ao g1.>
O caso gerou forte repercussão nas redes sociais. Internautas relataram situações recorrentes de assédio, cobranças abusivas e abordagens consideradas intimidadoras por parte de alguns barraqueiros em Porto de Galinhas. >
“Infelizmente isso acontece com frequência e as autoridades nada resolvem. Estamos precisando policiamento nas praias com urgência, assim vão tirar os sustentos de outros ambulantes”, comentou um usuário ao reclamar da falta de fiscalização no local.>
"Não é o problema dos R$ 30, mas a forma como eles nos queriam nos passar a perna", disse o empresário agredido. Eles registraram boletim de ocorrência contra os comerciantes.>