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'Vagabunda': alunas são condenadas a indenizar professora por ofensas no WhatsApp

Fotos com ofensas contra a professora se espalharem rapidamente entre os alunos e funcionários da unidade

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 24 de julho de 2025 às 08:14

É possível recuperar mensagem excluídas sem querer do WhatsApp
Alunas são condenadas a indenizar professora por ofensas no WhatsApp Crédito: Imagem gerada por IA

Duas alunas de ensino médio foram condenadas pela Justiça a pagar uma indenização de R$ 5 mil a uma professora após publicarem fotos dela acompanhadas de ofensas no status do aplicativo WhatsApp. As publicações das estudantes foram feitas em 2023. Elas tiraram fotos da professora sentada na escrivaninha da sala de aula e publicaram no status do WhatsApp. "A energia caótica da professora toda vez que minha turma chega aqui", disse uma das estudantes. "A professora parece uma vagabunda", escreveu a outra. O caso ocorreu em uma escola pública de Brasília.

A estudante que publicou sobre a "energia caótica" terá que pagar uma indenização de R$ 2 mil, e a que chamou a professora de "vagabunda" irá pagar R$ 3 mil. A 5ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal entendeu que as alunas causaram danos à honra e à imagem da professora em todo o ambiente escolar. "A prática das rés atinge não apenas a privacidade da autora, mas sua figura pública, gerando situação de constrangimento que ultrapassa o mero aborrecimento, qualificando-se como uma ofensa à sua dignidade pessoal e profissional", diz a decisão.

A professora informou à Justiça que soube das publicações por meio do diretor e do vice-diretor da escola, que a chamaram para uma reunião após as fotos se espalharem rapidamente entre os alunos e funcionários da unidade. Ela revelou que se sentiu constrangida e abalada, tanto que chorou na frente dos colegas de trabalho. Por isso, ela entrou com um processo contra as alunas, alegando que foi alvo de uma "ofensa gratuita que atingiu sua dignidade e imagem profissional".

As estudantes se defenderam com os argumentos de que não tinham a intenção de ofender a professora e que as fotos foram publicadas no status do WhatsApp, onde apenas pessoas com o contato delas salvo poderiam ver as imagens, o que comprovaria que elas não tiveram a intenção de divulgar amplamente a imagem.

A Justiça entendeu que a postagem "expôs indevidamente a figura da professora, como também a envolveu em uma situação humilhante perante seus alunos e colegas de trabalho. Ao associar a imagem da autora a legendas pejorativas, as rés comprometeram a dignidade e o respeito profissional de que a professora deve ser revestida."