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Vítimas de feminicídio aumentam 45% em 4 capitais brasileiras em 2025

Número de mortes aumentou em Salvador, Recife, Belém e Rio de Janeiro, segundo Instituto Fogo Cruzado

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 19 de agosto de 2025 às 22:53

Cápsulas de bala ficaram espalhadas pela Rua Vital Rêgo
Cápsulas de bala ficaram espalhadas pela Rua Vital Rêgo Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

O número de mulheres vítimas de feminicídio ou de tentativa de feminicídio cresceu 45% em comparação ao mesmo período de 2024 em quatro capitais, incluindo Salvador, e suas regiões metropolitanas. De acordo com dados do Instituto Fogo Cruzado, ao menos 29 mulheres sofreram esses crimes praticados com arma de fogo em 2025, até a primeira quinzena de agosto - no mesmo período de 2024, foram registrados 20 casos nos 57 municípios mapeados pelo instituto.

Entre as vítimas mapeadas em Salvador, Rio de Janeiro, Belém e Recife, em 2025, 76% não sobreviveram. Ao todo, 22 mulheres foram mortas e sete ficaram feridas. Em 2024, das 20 baleadas, 60% não sobreviveram: foram 12 mulheres mortas e outras oito feridas.

Em Salvador e região metropolitana, o número de vítimas se manteve em quatro, mas passou de duas mulheres mortas e duas feridas por arma de fogo para quatro vítimas mortas.

Na região metropolitana do Rio de Janeiro, o número de mulheres baleadas nestes casos subiu de sete (quatro mortas e três feridas) entre 1º de janeiro e 14 de agosto para 10 (oito mortas e duas feridas).

A região metropolitana do Recife acumulou o maior número de casos, com oito vítimas em 2024 (seis mortas e duas feridas) e 13 (oito mortas e cinco feridas) em 2025. Na Grande Belém, passou de uma ferida em 2024, para duas mortas em 2025.

Locais dos crimes

Ainda de acordo com o Fogo Cruzado, o lar foi o principal local onde esses crimes ocorreram. Das 29 mulheres vítimas de feminicídio em 2025 nessas capitais, 15 foram atingidas dentro de casa. Outras cinco foram baleadas quando estavam dentro de bares.

Das 29 vítimas, 25 foram atingidas por companheiros ou ex-companheiros, o que representa 86% dos casos.

O levantamento ainda destaca o elevado número de crimes cometidos por agentes de segurança. Das 29 mulheres baleadas, um quarto dos casos (7) foi praticado por agentes de segurança. A maioria das mulheres vítimas de feminicídio ou tentativa foi atingida no Recife, em Pernambuco, que concentrou 31% dos casos.