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Número de vítimas de feminicídio por arma de fogo dobrou em 2025 em Salvador e RMS

Dados são do Instituto Fogo Cruzado

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 19 de agosto de 2025 às 18:13

Homem segurando arma de fogo
Homem segurando arma de fogo Crédito: Shutterstock

Saltou de dois para quatro o número de vítimas de feminicídio mortas por arma de fogo em Salvador e Região Metropolitana (RMS). Os dados dos Instituto Fogo Cruzado, divulgados nesta terça-feira (19), comparam a quantidade de casos registrados no período de 1º de janeiro a 14 de agosto de 2025 com o ano anterior. Em 2024, foram computadas duas mulheres mortas por tiros na região.

De acordo com os dados, o número de vítimas gerais se manteve em quatro, mas passou de duas mortas e duas feridas, em 2024, para quatro assassinadas, em 2025. Os casos de feminicídio ou tentativa do mesmo crime utilizando arma de fogo foram registrados em Camaçari (2) e Simões Filho (2).

Uma dessas vítimas é Maria Cláudia da Conceição, morta a tiros na Rua Franscisco Dumont, no Parque Verde, em Camaçari. No dia 26 de maio, ex-companheiro, Ladislau de Jesus Conceição, atirou contra ela na via pública. Após o crime, equipes do 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foram até o local e iniciaram buscas pelos suspeito. Ele foi encontrado sem vida dentro de uma residência no mesmo bairro.

Menos de um mês antes do crime, a Justiça baiana havia emitido uma medida protetiva contra Ladislau. De acordo com o processo, ele havia sido preso em flagrante por ameaçar Maria Cláudia de morte por não aceitar o fim do relacionamento entre eles.

Em todos os 57 municípios monitorados pelo Fogo Cruzado, ao menos 29 mulheres foram vítimas de feminicídio ou tentativa de feminicídio praticado com arma de fogo em 2025. O número de casos desse crime cresceu 45% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram registrados 20 casos.

Entre as vítimas mapeadas em 2025, 76% não sobreviveram. Ao todo, 22 mulheres foram mortas e sete ficaram feridas. Em 2024, das 20 baleadas, 60% não sobreviveram: foram 12 mulheres mortas e outras oito feridas. Das 29 mulheres baleadas, em 25% dos casos, isto é, sete das vítimas, o crime foi praticados por agentes de segurança.

O CORREIO solicitou à Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) os dados de  feminicídios e tentativa do mesmo crime cometido com arma de fogo registrados pela pasta, que apenas sugeriu contato com a Polícia Civil (PC). As mesmas informações foram solicitadas à PC pela reportagem, mas não houve retorno. O espaço segue aberto.