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Entidades do movimento negro cobram mais diversidade no quadro de funcionários das empresas
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2021 às 08:28
- Atualizado há um ano
A corretora XP e o escritório credenciado Ável Investimentos estão sendo processados por entidades do movimento negro, feminista e de defesa dos direitos humanos. A ação alega falta de diversidade no quadro de funcionários e pede, de acordo com o Uol, indenização de R$ 10 milhões por dano social e moral coletivo e que as empresas cumpram uma série de medidas para aumentar a diversidade.
A ação judicial foi protocolada nesta quarta-feira (18) após viralizar, na semana passada, uma foto mostrando os funcionários da Ável. No registro, com mais de 100 pessoas, quase todas as pessoas eram homens, brancos e jovens.
Além da indenização milionária, a ação também pede medidas como:A composição do quadro de contratados permanentes ou temporários tenha a mesma proporção de negros, mulheres e indígenas presente na sociedade brasileira; Sejam disponibilizados cursos gratuitos e estágios remunerados para promover a formação e a experiência profissional desses colaboradores; Haja cotas para pessoas idosas e pessoas com deficiência; Seja estabelecido um prazo de 90 dias para apresentação de um plano de diversificação do quadro de colaboradores; Seja definido um prazo de 90 dias para apresentação de plano de aceleração de carreira, para favorecer a diversidade em todos os níveis da gestão empresarial; As empresas incorporem ao conselho de administração quatro novos membros, integrantes das comunidades sub-representadas; Seja contratada uma auditoria externa para acompanhar a execução das medidas. Em nota enviada ao Uol, a XP reconheceu que "a inclusão de pessoas negras na companhia e rede de parceiros é uma questão fundamental" e disse que tem metas internas para "aumentar a contratação, em todos os cargos, de pessoas negras, mulheres, LGBTQIA+ e PCDs". A Ável afirmou que não vai comentar o assunto.