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Cesar Romero
Publicado em 3 de setembro de 2017 às 05:45
- Atualizado há 2 anos
A aventura humana é complexa. Isto vai recrudescendo com o passar dos dias. Há algo inusitado, incomum no ar. O mundo já de forma perceptível muda veloz em outras direções. Primeiro há uma grande desilusão quanto aos valores éticos, os costumes, a privacidade. As ambições pecuniárias pilhadas no planeta estão alucinadas, vão para mais do que se possa imaginar, muito além do necessário para vinte encarnações.>
Nada ainda se viu igual. Apocalipse já. Todas as religiões buscam o bem para os fiéis, assim proclamam. E porque tanto mal em nome delas?>
A fome campeia pelo mundo, assaltos, a busca do fácil sem trabalho, a inveja que corrói quem não faz, quem não produz. O egoísmo campeia e a saúde mental se abala, a doença toma conta das pessoas.>
As ruas são rios de sangue: homens bombas, atropelamentos propositais, balas perdidas, assaltos, incêndios, estupros. As cadeias são Faculdades para formar delinquentes. Tudo isso é sabido e experenciado pela população. Nada é novidade, mas em certos momentos as coisas viram seus contrários, o mundo chegou a um grande abismo, ou se muda num movimento natural ou vamos ao sacrifício. Igual não ficará. Isto é uma certeza.>
Assim também será com a Arte, que parece se esgotar. A Arte está. Ela acompanha a humanidade desde as cavernas especialmente as de Lascaux na França (foto) e de Altamira na Espanha. Grandes marcos para a arte. De forma desajeitada, ligeira, se faz aqui uma linha de tempo sujeita a imperfeições – com a entrada da escrita, diz-se que o mundo galgou a civilização. Começaram os registros históricos da arte, com a Grécia, Mesopotâmia, Egito, Roma, entrou-se na Idade Média, Renascimento, Barroco.>
Com a Revolução Industrial surgiram novas propostas. Sobreveio o Romantismo, Naturalismo e em buscas de novos códigos assomou-se mais ainda os “ismos” (impressionismo, expressionismo, pontilhismo, cubismo etc) e desdobramentos que chegaram aos dias atuais com diversas formas de expressões e conceitos. A criação parece esgotar-se depois da Arte Contemporânea, como ação de ruptura com a arte moderna, com sua plenitude na década de 1950. Aí passamos ao “conceito”. Tudo virou arte. Evidentemente que não procede. Desembestaram-se os “projetos” e tivemos uma invasão de enganos. Vale ressaltar que a Arte Contemporânea, em sua total liberdade, trouxe ao mundo contribuições inestimáveis, importantíssimas, mas o que fizeram com ela nos trouxe grandes problemas e repetições de repertório. Há aí uma grande crise de identidade, quem é quem, o que é criação minha e do outro? A arte caiu num imenso vazio, o que vai se fazer agora? >