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Docentes na Era da Indústria 4.0: estamos preparados?

O ensino tradicional já não atende às exigências de um mundo cada vez mais digital, dinâmico e integrado

Publicado em 26 de novembro de 2025 às 05:00

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Carteira Nacional Docente  Crédito: Divulgação/MEC

Vivemos em uma sociedade cada vez mais digitalizada, impulsionada por tecnologias como Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Big Data, Computação em Nuvem, 5G, Impressão 3D e Realidade Virtual — elementos centrais da Indústria 4.0. Esses avanços já transformam processos produtivos, modelos de negócio e exigem profissionais com habilidades técnicas e socioemocionais cada vez mais complexas.

Segundo o Fórum Econômico Mundial, 59% dos trabalhadores precisarão de requalificação até 2030. No Brasil, uma pesquisa de 2024 da FGV revelou que 57% das empresas enfrentam dificuldades para contratar ou reter talentos, e 64,9% apontam a falta de mão de obra qualificada como o principal entrave. Globalmente, a OCDE também alerta para o descompasso entre as novas exigências do mercado e a formação profissional disponível, agravado pela digitalização acelerada e pela transição para uma economia verde.

Nesse cenário, instituições de educação profissional enfrentam o desafio de preparar trabalhadores alinhados às novas demandas. Isso exige atualização curricular constante, investimentos em infraestrutura e conexão efetiva com o setor produtivo.  Mas nada disso será eficaz sem docentes preparados.

A formação continuada de professores torna-se, portanto, prioridade. O ensino tradicional já não atende às exigências de um mundo cada vez mais digital, dinâmico e integrado. Os educadores precisam combinar o uso de ferramentas e métodos atraentes para desenvolver competências que ajudem os alunos a coordenarem tecnologia com habilidades humanas — criatividade, empatia, colaboração e adaptabilidade — as chamadas habilidades híbridas.

Em julho, o Senai da Bahia lançou o programa Inovaê Docente, uma iniciativa estratégica que busca capacitar professores por meio de uma abordagem inovadora. Inspirado nos conceitos de cultura da convergência e participação ativa, discutidos por Henry Jenkins, o programa promove o uso de tecnologias educacionais como realidade virtual, inteligência artificial e gamificação, aplicadas por meio de metodologias ativas e ambientes híbridos de aprendizagem (presencial e EAD).

Com alcance em todas as unidades do Senai-BA, o Inovaê visa conectar o ambiente tecnológico à prática em sala de aula, potencializando a atuação docente e ampliando o engajamento e a aprendizagem dos estudantes.

Sem ações estruturadas de formação docente, o risco é ampliar ainda mais o gap entre a demanda por talentos e a capacidade do sistema educacional de supri-la. Por outro lado, investir nos professores é multiplicar o impacto positivo da educação na construção de uma força de trabalho preparada para os desafios da Indústria 4.0 — e para as transformações futuras, como as trazidas pela Computação Quântica, que já se aproxima.

Ricardo Lima é gerente de Inovação e Tecnologias Educacionais do Senai Bahia

Tags:

Educação Senai