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Rodrigo Daniel Silva
Publicado em 25 de novembro de 2025 às 05:30
O marqueteiro baiano e consultor político João Santana fez uma leitura precisa, há um mês, sobre o momento vivido pelo governo Lula (PT). Ele avaliou que a breve recuperação na percepção pública do governo era “simbólica” e “efêmera”. >
“A (recuperação) ocorre fora do ambiente de governo e de gestão. Não mexeu na segurança, não melhorou a saúde, não melhorou o poder de compra. As expectativas sobre as estradas não foram melhoradas”, afirmou, na ocasião, em um debate promovido pelo jornal O Globo. >
A pesquisa Quaest, divulgada neste mês, confirmou a projeção do marqueteiro. A aprovação de Lula caiu de 48% para 47%, enquanto a desaprovação subiu de 49% para 50%. Ele ainda criticou o discurso de “defesa da soberania” adotado pelo petista após o tarifaço de Trump e lançou uma provocação: “O que é soberania para uma mãe pobre acuada na favela?”. E completou: “Um governo não vive só de braseiro cívico. Esse governo tem que dar resposta eficiente para os problemas da sociedade”. >
A pergunta que fica é: agora que até o tarifaço de Trump foi superado, qual será o novo discurso do governo Lula?>
Comunicação para 2026>
A menos de um ano da eleição, aliados do governador Jerônimo Rodrigues (PT) já discutem a estratégia de comunicação da campanha à reeleição. Uma ala defende separar a estratégia do governo da chapa ao Senado - onde os nomes mais cotados da base são Rui Costa, Jaques Wagner (ambos do PT) e Angelo Coronel (PSD).>
Para a disputa ao Senado, parte da base sugere Sérgio Guerra, que comandou a campanha de Jerônimo em 2022. Mas, diante de uma reeleição considerada mais dura, cresce a pressão por um nome do grupo de Sidônio Palmeira para assumir a comunicação do governador. Nos bastidores, especula-se Raul Rabelo, que coordenou a campanha de Sergio Massa em 2023.>
Candidatura independente>
Nos corredores da política baiana, cresce também a avaliação de que o senador Angelo Coronel lançará candidatura independente ao Senado em 2026. O cenário possível é este: o PSD apoiaria a reeleição de Jerônimo Rodrigues; a base petista lançaria Wagner e Rui ao Senado; e o PSD, por sua vez, apresentaria Coronel como candidato próprio. Do ponto de vista da legislação, o movimento é viável.>