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Pix Parcelado: a nova fronteira do crédito no Brasil

Novo recurso do Banco Central combina a liquidez do Pix com a flexibilidade do parcelamento e pode ampliar o acesso ao crédito para milhões de brasileiros

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 12:00

pAGAMENTOS
Pagamentos via pix  Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil

A partir de setembro, o Banco Central deve regulamentar o Pix Parcelado, funcionalidade que permitirá dividir compras em parcelas direto na conta-corrente, com liquidação imediata para o lojista. A proposta é unir a praticidade do Pix à flexibilidade do crédito, ampliando opções para consumidores.

O Pix já domina as transações no Brasil. Pesquisa da MindMiners mostra que 73% dos brasileiros o utilizam como principal forma de pagamento, superando débito (60%), crédito (53%) e dinheiro (42%). Em maio de 2025, o sistema registrou 6,6 milhões de transações, movimentando cerca de R$ 2,8 bilhões, segundo o Banco Central.

Vejo essa modalidade como mais uma evolução dos pagamentos digitais no Brasil. É uma oportunidade única de democratizar o crédito, alcançando mais de 60 milhões de consumidores que não possuem cartão, mas já utilizam o Pix em seu dia a dia. Além disso, possibilitamos o parcelamento de forma transparente, com menos custos tanto para consumidores quanto para empresas.

Um modelo que desafia cartões

O mercado de cartões segue forte: em 2024, crédito e débito movimentaram R$ 4 trilhões no país, com expectativa de 10% de crescimento em 2025 (Abecs). Mas o Pix Parcelado oferece simplicidade. O consumidor escolhe parcelar, define a instituição, autoriza a operação; o lojista recebe à vista e o cliente paga em parcelas, com taxas e condições informadas na hora.

Outro ponto relevante é que não haverá risco de chargeback ou cancelamento contestado. Isso torna as operações mais seguras e previsíveis para os lojistas.

Inclusão e desafios

O modelo pode ampliar a inclusão financeira, atendendo quem não acessa cartão por renda ou histórico de crédito. Porém, exige sistemas com análise em tempo real e regras claras do Banco Central sobre juros, limites e proteção ao consumidor.

Setores que devem adotar

O e-commerce deve ser o primeiro beneficiado, ao reduzir abandono de carrinho. No varejo físico, segmentos como eletrodomésticos e eletrônicos tendem a se destacar. Serviços também enxergam valor: clínicas, academias e cursos poderão ofertar parcelamento direto na conta do cliente.

As empresas que souberem integrar o Pix Parcelado de forma estratégica terão uma vantagem competitiva clara, oferecendo melhor experiência de compra e obtendo maiores taxas de conversão.

O que vem pela frente

O Pix Parcelado soma-se ao Pix Automático, lançado em junho, e deve abrir caminho para o Pix Garantia, que permitirá usar parcelas futuras como garantia de crédito.

Estamos caminhando para criar um ecossistema completo, que reúna pagamentos à vista, recorrentes e parcelados dentro da mesma jornada. Trata-se de uma transformação inclusiva, com potencial de servir de exemplo para outros países.

Murilo Rabusky é diretor de Negócios da fintech Lina Open X