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Publicado em 10 de outubro de 2024 às 05:00
Segundo dados do Internacional Chamber of Shipping (ICS), o transporte marítimo é utilizado por 90% do comércio internacional. O modal é competitivo, seguro e pode levar uma quantidade significativa de carga. Mas quais cuidados as empresas precisam ter para evitar que o uso de embarcações impacte a vida marinha? >
A resposta está em enxergar a necessidade de cuidar da natureza. A Veracel Celulose, por exemplo, transporta mais de 7 mil toneladas de celulose por dia do Terminal Marítimo de Belmonte (TMB), na Bahia, para o Portocel, em Aracruz (ES). Isso elimina 380 viagens de carreta, já que cada jornada de barcaça evita a emissão de 116,71 toneladas de CO2 da atmosfera. >
Esse cuidado com o meio ambiente começa no TMB, um porto autossuficiente energeticamente e que opera com energia solar. A Veracel também tem uma parceria com o Instituto Baleia Jubarte (IBJ) que monitora a população de botos-cinza que habita as águas do porto e avalia, entre diversos pontos, o som subaquático das operações da empresa, para garantir que não haja impacto nos hábitos dos animais.>
As empresas que optam pelo modal marítimo precisam se aliar a instituições que as orientem para garantir que as suas práticas estejam alinhadas à conservação ambiental. A parceria da Veracel com o IBJ é mais um exemplo disso, pois, para proteger as baleias jubarte, implementou medidas importantes, como a alteração da rota de navegação para reduzir o risco de colisões com as baleias e a introdução de um projeto piloto de uso de câmeras térmicas que permite identificar esses animais mesmo durante a noite. >
A Veracel também faz um monitoramento das tartarugas marinhas em mais de 35 km de praias de sua região de atuação. Desde 2005, mais de 100 mil tartarugas nasceram nas áreas monitoradas. A companhia criou também o Centro de Reabilitação de Tartarugas Marinhas (CRTM) no Terminal Marítimo de Belmonte, o primeiro e único no extremo sul da Bahia.>
Outra ação recente foi o início de um estudo iniciado no ano passado, que coleta os resíduos plásticos encontrados nas praias do extremo Sul da Bahia e mapeia as suas origens. Neste ano, foi realizada uma ação de coleta que durou cinco semanas e que identificou garrafas provenientes de mais de 20 países. >
Contudo, nada disso será sustentável se não olharmos para quem vive do mar. O Projeto de Monitoramento de Desembarque Pesqueiro (PMDP) da Veracel revelou que a cadeia de pesca do Sul baiano movimentou R$ 3,7 milhões para a economia local em 2023, com mais de 185 toneladas de pescado. Essas comunidades precisam ser valorizadas e receber o devido apoio para que a cadeia de pesca se mantenha como fonte de renda, de forma sustentável e respeitando o ciclo de vida dos animais. >
No mar, as empresas são visitantes, e é nossa missão é navegar com respeito e consciência, honrando a riqueza das águas.>