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Millena Marques
Publicado em 2 de julho de 2025 às 21:20
Enquanto a imprensa aguardava o início oficial dos festejos do 2 de Julho, no Largo da Lapinha, em Salvador, a chegada das autoridades políticas foi anunciada pela reação entusiasmada da multidão. Eram umas 8 horas, quando o prefeito Bruno Reis e o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, foram recebidos com aplausos e gritos de apoio. Acompanhados da vice-prefeita e secretária de Cultura e Turismo (Secult), Ana Paula Matos, e de apoiadores, a dupla realizou um percurso com muitas celebrações. >
A chegada, marcada por intensa movimentação, já prenunciava o que seria a caminhada até o Terreiro de Jesus, no Pelourinho: uma cerimônia vibrante e sem hora para acabar. Isso porque, após a realização dos tradicionais ritos de hasteamento das bandeiras em frente ao Memorial 2 de Julho e a deposição de flores no monumento ao General Labatut, Bruno Reis e ACM Neto foram ovacionados pelo público. >
Em entrevista aos jornalistas, o prefeito defendeu que o 2 de Julho seja reconhecido como data nacional e destacou a importância histórica. “É uma data que simboliza a força do nosso povo, da nossa essência. O povo baiano se inspira nos heróis do 2 de Julho para no dia a dia enfrentar as dificuldades, as batalhas e alcançar seus objetivos, com independência, com autonomia, com soberania”, declarou.>
ACM Neto afirmou que o 2 de Julho remete ao passado e à história dos heróis, mas também aponta para o futuro. “A Independência vai também falar do futuro, do que a Bahia precisa ainda avançar, evoluir. A independência que a gente precisa é em relação à violência, em relação às mortes na fila da regulação da saúde, em relação ao desemprego, à pobreza, à desigualdade social, à miséria, à seca”, ressaltou. >
Sobre sua possível candidatura a governador em 2026, Neto disse que a oposição quer definir a chapa logo no início do próximo ano. Ele destacou que lideranças do interior devem estar representadas na majoritária oposicionista. “Se depender da minha opinião, a gente vai ter uma chapa completa para apresentar até março do ano que vem: governador, vice, senadores. E, é claro, o interior tem que estar presente, tem que estar representado, tem que ter o peso do interior da Bahia”, salientou. >
Os apoiadores fizeram questão de estar próximos a Bruno Reis e a ACM Neto. Antes da saída do Largo da Lapinha, a concentração foi formada em frente ao monumento de Labatut. “Eles estão ali, ali. Vamos encostar para ficar mais perto. Ele vai sair agora”, disse um dos apoiadores. O tumulto foi grande. Muita gente guardava seus celulares nas famosas doleiras - pochetes utilizadas em grandes festas para evitar a incidência de furtos. No entanto, houve gente que não se preocupou com isso. O importante era registrar uma foto ao lado do prefeito e do ex-prefeito – ou quem sabe com os dois juntos. >
Uma fanfarra embalava o cortejo. Os seguidores eram tantos que mal havia espaço para respirar. Nas calçadas, as pessoas falavam: “Ali só pode ser Neto” ou “Lá vem o prefeito”. Caso de Silvana Santos, 42 anos, que avistou a dupla de longe. “Oxe, eu percebi que eles estavam vindo por causa da quantidade de gente que vinha junto. Gente na frente, do lado, atrás. É sempre assim”, disse. >
Em frente ao depósito de bebidas Empório Gomes, a poucos metros do Largo da Lapinha, moradores e simpatizantes transformaram as sacadas do prédio em camarotes improvisados. O trecho ficou tão congestionado que levou cerca de 30 minutos para o grupo político conseguir atravessar o local. De tudo que era canto, aparecia gente para tirar foto. “É o futuro governador”, gritavam, quando ACM Neto passava.>