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Brasil, potência da bioeconomia: a Amazônia Verde e Azul na COP30

Na COP30, temos a chance de apresentar ao mundo a complementaridade entre floresta e oceano

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 05:00

Mapa da Amazônia Azul
Mapa da Amazônia Azul Crédito: IBGE

Em 2025, o mundo volta os olhos para Belém do Pará, sede da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Esta é uma oportunidade histórica para o Brasil exercer um papel de protagonismo na agenda climática global. Não apenas como palco do evento, mas como voz ativa e legítima de duas dimensões estratégicas para o futuro do planeta: a Amazônia Verde e a Amazônia Azul.

A Amazônia Verde, com sua biodiversidade inigualável, regula o clima, armazena carbono, influencia o regime de chuvas e guarda saberes tradicionais valiosos. É uma potência viva, capaz de impulsionar uma bioeconomia baseada na sociobiodiversidade e no conhecimento local, conciliando conservação e geração de renda.

Por outro lado, pouco se fala sobre a Amazônia Azul — a imensa faixa marítima que compreende a costa brasileira e seu entorno amazônico. Este território oceânico abriga ecossistemas marinhos fundamentais, como manguezais, recifes de corais e bancos de algas, que desempenham funções vitais: são sumidouros naturais de carbono, reguladores térmicos e berçários da vida marinha. A Zona Econômica Exclusiva do Brasil é uma das maiores do mundo, e representa uma fronteira promissora para a economia sustentável do mar.

Na COP30, temos a chance de apresentar ao mundo a complementaridade entre floresta e oceano, entre a Amazônia Verde e a Azul. Essa abordagem integrada amplia nossa capacidade de enfrentar a crise climática e de propor soluções baseadas em natureza, ciência e justiça social.

Esta visão integrada é estratégica: ela amplia nossa capacidade de diálogo internacional, fortalece a agenda da bioeconomia e contribui para uma nova diplomacia ambiental brasileira, que propõe soluções ancoradas em justiça climática, desenvolvimento territorial sustentável e valorização dos povos originários.

Além disso, a COP30 ocorre em um momento crucial. O mundo precisa acelerar as metas do Acordo de Paris e o Brasil tem credenciais únicas para liderar pelo exemplo. É hora de consolidar políticas públicas de proteção e uso sustentável da floresta e do oceano.

Belém, cidade amazônica e atlântica, é o símbolo dessa conexão. E Salvador, capital da Amazônia Azul, comprometida com essa visão tem investido em preservação das áreas verdes e proteção de seus ecossistemas marinhos.

A COP30 é mais do que um evento. É a chance de o Brasil mostrar que é possível proteger e desenvolver, inovar com responsabilidade e liderar com justiça. A Amazônia, em suas dimensões verde e azul, é nossa maior contribuição ao futuro do planeta.

Ivan Euler Paiva é Mestre em Engenharia Ambiental Urbana e Secretário de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal de Salvador