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Microfisioterapia e bem-estar mental para profissionais de segurança: alívio para o estresse e trauma

A técnica representa um caminho de prevenção, cuidado e tratamento

Publicado em 26 de setembro de 2025 às 05:00

Operação policial no Planeta dos Macacos
Operação policial Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

A rotina dos profissionais da segurança pública é marcada por enfrentamentos que vão além das ocorrências diárias. Cada operação, cada situação de risco, cada momento de tensão deixa marcas, mesmo que invisíveis. Que não aparecem nos exames médicos, mas podem se manifestar em forma de dores físicas, ansiedade, insônia, queda de rendimento, mudanças comportamentais, absenteísmo no trabalho. Podemos chamá-las de “marcas invisíveis do combate”.

É nesse cenário que a Microfisioterapia pode ser uma aliada importante. Uma técnica de terapia manual de toque sutil, que busca identificar, no corpo, memórias. Essas que podem ter causas físicas, vibracionais, tóxicas e/ou emocionais. Que não foram bem processadas pelo organismo. Ao longo da vida, desde o intra-útero, enfrentamos choques emocionais, estresse intenso, traumas. Nosso corpo registra essas vivências a nível celular. Ao longo do tempo, a depender de como vivemos, a depender de quais trilhos do conflito são apresentados, o corpo pode transformar esses vivências em sintomas, físicos, emocionais e/ou comportamentais.

Durante a sessão de Microfisioterapia, por meio de toques suaves e precisos (trabalhamos com mapas específicos), o terapeuta investiga no corpo essas "cicatrizes celulares" e estimula o organismo a reconhecer o que estava oculto. Então, o próprio corpo ativa seus mecanismos naturais de autorregulação, autocura, promovendo equilíbrio, alívio da sintomatologia e bem-estar. Não se trata de algo mágico, mas de um recurso terapêutico profundo que trabalha na causa do problema, e não somente no sintoma.

Para os profissionais de segurança, constantemente expostos ao estresse, à pressão e experiências traumáticas, a técnica representa um caminho de prevenção, cuidado e tratamento. Ajudando a liberar marcas silenciosas que poderiam, a médio e longo prazo, comprometer a saúde e, consequentemente, a performance no trabalho.

Falar sobre saúde mental e emocional nesse contexto é um desafio, pois ainda há resistência em reconhecer que o corpo e a mente precisam de atenção contínua. No automatismo da vida ainda prevalece o desejo de "calar a boca" dos sintomas com o uso de medicamentos, sem buscar os motivos pelos quais vieram a surgir. Buscar cuidado não é sinal de fraqueza, e sim de coragem.

Participarei da II Conferência Nacional do Instituto Brasileiro de Direito Militar (IBDM). Minha intenção é ampliar o olhar sobre a prevenção e mostrar que existem recursos eficazes para cuidar de quem cuida da segurança e proteção da sociedade.

Gabriela Saback é fisioterapeuta e psicoterapeuta