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Darino Sena: saímos do labirinto, mas a viagem não acabou

  • D
  • Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 06:39

 - Atualizado há 3 anos

Estava descrente antes da Copa das Confederações. Menos pela capacidade de Felipão e cia. Mais pela bagunça da CBF. Chegávamos à última competição antes do Mundial com um time ainda em formação, quando deveria estar pronto. Culpa da incapacidade da entidade em planejar e executar com eficiência. Mas o futebol é imprevisível. E generoso. Ainda bem. Apesar da CBF, a Seleção encontrou um caminho. Muito graças à Felipão. Ele é mais que um chefe. É um ídolo dos jogadores. Felipão não é questionado por eles. É adorado. O técnico retribui com proteção e carinho. Ganha ainda mais respeito e confiança. Foi por proteção que Felipão não chamou Kaká e Ronaldinho. Quis poupar Hulk e Oscar das vaias raivosas e pedidos pelos medalhões se o time não estivesse vencendo. Sem Kaká e Ronaldinho no banco, a pressão foi menor. Felipão trocou a conveniência técnica de ter dois baitas jogadores à sua disposição na reserva, pela lealdade do grupo. Funcionou. Por essas e outras acho difícil Kaká e Ronaldinho na Copa. Felipão já tinha o time na cabeça antes da Copa das Confederações. O que fez depois foi transformar essa ideia em bom futebol. Pra iniciar as partidas, Felipão alternou entre o 4-2-3-1 e o 4-4-2. O esquema muda sempre com a variação do trio Hulk, Oscar e Neymar. No 4-4-2, Oscar e Hulk viram meias abertos e fecham a segunda linha de quatro, liberando Neymar. Com três meias, Hulk joga aberto por um dos lados e Neymar centraliza, ou cai pela esquerda, invertendo com Oscar ou o próprio Hulk. O 4-4-2 é usado para jogar no contra-ataque, mas o time prefere começar mordendo, adiantando a marcação. São até oito jogadores no campo de defesa adversário. É quando o 4-2-3-1 entra em ação. Foi essa variação de estilo, aliada a uma notória aplicação tática dos jogadores, à alternância entre cadência e velocidade na hora certa, ao intenso esforço pra marcar e ocupar os espaços, e ao preparo físico diferenciado, que a Seleção Brasileira venceu com muita autoridade a Espanha, que, apesar dos 3 a 0, não deixou de ser a melhor do mundo. Futebol tem mesmo hierarquia. Por isso é que o Brasil ainda não voltou pro posto que já foi seu. Ainda falta muito... Há também outro esquema tático, o 4-3-3, acionado quando Hernanes entra. Luiz Gustavo é centralizado na frente da zaga e Paulinho faz dupla de armadores com o meia da Lazio. Oscar ou Hulk jogam com menos funções defensivas. O esquema faz o time prender mais a bola e potencializa o lado ofensivo de Paulinho, além de liberar os laterais. O bom desempenho dessa formação pode fazer Felipão mudar a escalação pra estréia na Copa. Tem um ano pra refletir. Ainda há alguns problemas. O time penou quando o Uruguai inverteu os papéis e adiantou a marcação. Ficaram evidentes falhas na saída de bola. A cobertura de Marcelo é problemática. Daniel Alves está abaixo do que pode. Hulk e Oscar arrebentaram na final, mas não apresentaram o mesmo nível nos outros jogos.A solução é Neymar. Alguém ainda duvida da capacidade desse garoto? A afirmação de Neymar como principal referência dentro de campo foi o maior legado futebolístico da Copa das Confederações. Por contraditório que possa parecer, esse Brasil precisa sofrer mais. Ainda não sabemos a reação desses garotos ao sair atrás no placar, jogando em casa, com estádios lotados. Nem a reação da torcida. Será que vão apoiar? Ou vão jogar contra? Sempre que a adversidade ameaçou aparecer nesta Copa das Confederações, o talento individual e o acaso aliviaram a barra. Ainda bem. Campeão tem que ter sorte. Mas, e quando ela não aparecer? É preciso conter a euforia. E continuar o trabalho. O Brasil ganhou confiança e o apoio de 200 milhões de torcedores. São conquistas nada desprezíveis e muito importantes. Só que ainda não chegamos no destino final. Saímos do labirinto. Achamos um caminho, mas viagem só termina em 2014.