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Crise da segurança reorganiza a direita e muda o tabuleiro político na Bahia, dizem líderes oposicionistas

Leia a coluna na íntegra

  • Foto do(a) author(a) Rodrigo Daniel Silva
  • Rodrigo Daniel Silva

Publicado em 4 de novembro de 2025 às 05:00

Operação no Rio de Janeiro realizada na semana passada
Operação no Rio de Janeiro realizada na semana passada Crédito: Pedro Kirilos/Estadão Conteúdo

A crise nacional da segurança pública tem provocado movimentações políticas que, na avaliação de líderes oposicionistas baianos, podem redefinir o cenário eleitoral no estado. Esses interlocutores afirmam que a megaoperação no Rio de Janeiro - amplamente apoiada pela população brasileira e pelos moradores da capital fluminense - serviu como um catalisador para reorganizar o campo da direita, inclusive na Bahia.

Segundo essas lideranças, a direita havia se desarticulado após a campanha pela anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o desgaste provocado pelo tarifaço de Trump, que reduziu a mobilização popular do campo da oposição. Agora, porém, o tema da segurança pública volta a unificar o discurso oposicionista em torno de um adversário comum: o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

128 Mortos na Megaoperação do Policia do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho. Centenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro por Tomaz Silva /Agência Brasil

Lula acuado e sem narrativa

Para dirigentes baianos da oposição, o governo Lula atravessa um momento de fragilidade. A percepção é de que o Palácio do Planalto está “acuado” diante da escalada da violência e da cobrança social por resultados, sem conseguir apresentar uma narrativa capaz de capitalizar o apoio popular. Esses líderes avaliam que o tema da segurança pública não oferece ao governo petista um caminho claro de resposta.

Impactos na Bahia

Entre as lideranças ouvidas pela coluna, há consenso de que a crise da segurança pública favorece a candidatura do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil). O raciocínio é simples: com a direita nacional mais unificada, cresce também o potencial eleitoral do grupo oposicionista.

Entre os nomes da direita, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ainda é visto como o presidenciável mais competitivo - e uma eventual aproximação entre Tarcísio e Neto é considerada estratégica.

Os interlocutores ressaltam que, em 2022, pautas nacionais como a pandemia e a defesa da democracia influenciaram o eleitorado baiano. Agora, avaliam, o tema da violência pode ter o mesmo peso simbólico e atingir inclusive setores tradicionalmente lulistas que convivem com a opressão das facções criminosas.

Disputa na chapa

Uma ala da oposição defende que a futura chapa de Neto privilegie prefeitos e ex-prefeitos do interior. Outra corrente, porém, avalia que essa estratégia não será determinante. Para esses líderes, um nome que é importante para agregar é do ex-ministro João Roma (PL), o que evitaria um racha no campo da direita baiana.

Essa mesma ala, no entanto, entende que, caso Roma integre a chapa, será necessário incluir também uma liderança com perfil mais social para construir um discurso de frente ampla.