Eletricidade

Energia solar atrai R$ 59,6 bilhões em novos investimentos para o Brasil

Bahia é segundo estado brasileiro em geração e projetos futuros

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  • Donaldson Gomes

Publicado em 18 de janeiro de 2024 às 05:00

Energia solar já representa 16% da matriz brasileira Crédito: Marina Silva/Arquivo CORREIO

Produção local

Ainda sob efeito da COP 28, que foi realizada em Dubai, grandes fabricantes de equipamentos para a produção de energia solar estão sondando a Bahia para a montagem e fabricação de componentes. As conversas mais adiantadas são voltadas para uma unidade que deve ser dedicada à montagem de placas, entretanto existe também o interesse em projetos para a transformação de silício por aqui – o que tem potencial para a geração intensiva de postos de trabalho – e um outro para processos industriais mais complexos. Em 2024, os novos investimentos trazidos pelo setor fotovoltaico podem ultrapassar os R$ 38,9 bilhões em todo o Brasil, incluindo as grandes usinas e os pequenos e médios sistemas em telhados, fachadas e terrenos, projeta a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo a avaliação da entidade, a fonte solar fotovoltaica poderá gerar mais de 281,6 mil novos empregos verdes, além de proporcionar uma arrecadação de mais de R$ 11,7 bilhões aos cofres públicos.

Viva o sol!

A geração de energia fotovoltaica já atraiu mais de R$ 59 bilhões em investimentos para o Brasil até o final de 2023, aponta um levantamento da Absolar, dando suporte à geração de 352 mil empregos em todas as regiões do país. Somando-se o resultado das grandes usinas e dos sistemas de geração própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o crescimento de 49% em relação aos investimentos acumulados até o final de 2022 no País. Além disso, somente em 2023, o mercado fotovoltaico proporcionou mais de R$ 11 bilhões em arrecadação aos cofres públicos, acréscimo de 28,8% em relação a 2022. Desde 2012, a fonte solar fotovoltaica já movimentou mais de R$ 181,3 bilhões em negócios e gerou mais de 1,1 milhão de novos postos de trabalho. Segundo estado em geração a partir da energia do sol, a Bahia produz atualmente pouco mais de 2 gigawatts (GW), mas tem projetos em construção ou prestes a iniciar a implantação que ultrapassam 24 GW, o que coloca o estado na perspectiva de geração de 27 GW.

Descarbonização

Para o presidente do conselho de administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, a fonte solar é atualmente um dos principais vetores para acelerar a descarbonização do Brasil e ajudar o país a se posicionar como protagonista da transição energética. “Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua muito aquém de seu potencial solar. Há mais de 92 milhões de consumidores de energia elétrica no País, porém atualmente menos de 3,5% faz uso do sol para gerar eletricidade”, afirma Koloszuk.

Reconhecimento tardio

Foram necessários 26 anos para que a Petrobras reconhecesse o papel do baiano Oscar Cordeiro e do engenheiro Manoel Ignácio Bastos na descoberta do primeiro poço de petróleo no Brasil, em 21 de janeiro de 1939. Somente em 1965 o conselho de administração da estatal concede a Cordeiro um cargo honorário, com remuneração e a incumbência de coletar elementos para um futuro museu do petróleo, do qual não se tem notícia da implantação. No próximo dia 21, a descoberta de Oscar Cordeiro e Manoel Ignácio, na Bahia, completa 85 anos. Quanto tempo será necessário para o papel do estado receber o devido reconhecimento? Vale lembrar, diz o sobrinho de Oscar, o advogado Fernando Cordeiro, que "o esquecido descobridor" apoiou efusivamente a criação da Petrobras, que comemora seus 70 anos.

Ano difícil

Apenas 15% das micro e pequenas indústrias nordestinas consideram os resultados econômicos registrados em 2023 melhor do que o projetado. Para 28%, o desempenho foi pior, enquanto 57% avaliam os resultados dentro das expectativas, indica a 10ª Pesquisa Nacional Panorama da Micro e Pequena Indústria, do Sindicato da Micro e Pequena Indústria (SIMPI) com o Datafolha. Nacionalmente, a margem de lucro, componente vital para a estabilidade financeira das MPIs, teve 12% das empresas registrando melhorias, enquanto 50% permaneceram dentro do esperado e 37% consideraram os resultados aquém do esperado. Em relação às vendas, 16% experimentaram melhorias, 43% mantiveram-se dentro do esperado e 37% enfrentaram desafios.

Consciência ambiental

Uma pesquisa realizada pelo VTrends, hub de pesquisa e insights da Vivo, mostra que 47% dos brasileiros entrevistados acreditam que a preservação da Amazônia vai se tornar ainda mais relevante em 2024. O levantamento também aponta que 67% acreditam que a temperatura ao redor do mundo vai aumentar e 31% estão dispostos a contribuir mais para o combate às mudanças climáticas, seja por meio do descarte correto de aparelhos eletrônicos (39%) ou da compra de produtos mais sustentáveis e biodegradáveis (33%). Para auxiliar os consumidores nas tomadas de decisões de compra consciente, a Vivo disponibiliza o selo Eco Rating, que avalia os smartphones seguindo cinco parâmetros de sustentabilidade: durabilidade, reparabilidade, reciclagem, eficiência climática e eficiência de recursos, que é a quantidade de matéria-prima exigida para fabricar o aparelho e seu impacto no esgotamento de recursos naturais. Quanto maior a nota no rating, mais sustentável é o smartphone.