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Donaldson Gomes
Publicado em 22 de maio de 2025 às 05:00
FCA é o caminho >
Há 75 anos em Brumado, no Sudoeste da Bahia, a RHI Magnesita fez recentemente um investimento de R$ 541 milhões para a implantação na Bahia do seu maior forno rotativo – equipamento fundamental para a produção soluções refratárias, fundamentais para as indústrias que dependem de altíssimas temperaturas para a transformação de materiais, como a do aço, cimento, cobre, níquel. Em outra frente, o grupo trabalha pela renovação por 30 anos de sua licença para operar no Porto de Aratu, onde a empresa escoa a produção para o mundo. Com a unidade de Brumado a todo o vapor, capaz de produzir 500 mil toneladas de magnesita por ano e a operação portuária encaminhada, a grande interrogação que a RHI enfrenta na Bahia diz respeito à operação da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), cujo processo de renovação da concessão para a VLI está indefinido. Para a RHI, independente da solução adotada, a única coisa que não pode acontecer é o trecho denominado de Minas-Bahia deixar de funcionar. “Nós atuamos junto ao governo para defender que a ferrovia continue operando. Que se façam os investimentos necessários para torná-la mais eficiente, mas ela não pode deixar de operar”, aponta Wagner Sampaio, presidente da RHI Magnesita para a América Latina. “Esta é uma matéria-prima estratégica, precisamos continuar contando com a solução logística que envolve a ferrovia e o porto”, diz. >
Competitividade>
Apesar da defesa da continuidade do serviço ferroviário, é óbvio que a RHI Magnesita, assim como as outras empresas que dependem da FCA, não está satisfeita com as condições atuais da malha, pondera Gustavo Franco, chief customer officer RHI Magnesita. “Precisamos pensar em termos de competitividade. Não adianta produzirmos a um custo alto porque o mercado é global”, diz. As projeções para o crescimento do mercado nos próximos anos são inferiores a 1%, o que demonstra a importância de uma operação eficiente, como a empresa demonstrou no evento Mag Fórum, no início desta semana na Praia do Forte. “A tecnologia que operamos em Brumado é o estado da arte, trouxemos o mundo inteiro para ver o que estamos fazendo. Agora, aquele produto que sai do forno competitivo precisa chegar ao porto em condições de disputar o mercado. Sem um transporte competitivo a viabilidade econômica evapora”, pondera Gustavo Franco. >
Mercado aquecido>
A PetroReconcavo, uma das líderes nacionais na exploração e produção de óleo e gás em terra, já contratou nos primeiros quatro meses deste ano 201 pessoas. O número representa 77% do total contratado em todo o ano passado, que foi de 357 novos colaboradores. Com as operações da empresa em franca expansão, a expectativa é de mais contratações ainda este ano. Nos programas de estágio, que já efetivaram 54 pessoas este ano, 56% foram mulheres. No programa Jovem Aprendiz, com 30 contratados, 60% foram mulheres. Lara Silva Cedraz, 33 anos, é uma das mulheres que fazem carreira na PetroReconcavo. Chegou na empresa em 2013, aos 21 anos de idade, quando estudava Ciências Contábeis na Uneb de Camaçari. Hoje é engenheira de Segurança do Trabalho. Primeiro formou-se em Ciências Contábeis e fez nova faculdade em Engenharia Mecânica com o auxílio-educação oferecido pela PetroReconcavo aos funcionários, cuja bolsa é de 50% da mensalidade. Fez também pós-graduação em Engenharia de Segurança e por isso promovida para exercer o cargo atual.>
Nova unidade>
A Associação Cultural Brasil-Estados Unidos (Acbeu) inaugura na próxima sexta-feira (dia 23) uma nova unidade do seu núcleo de ensino da língua inglesa, o Educational Solutions, em Vilas do Atlântico, Lauro de Freitas, com um investimento de cerca de R$ 700 mil. O investimento representa um movimento estratégico da Acbeu, que até então atuava de forma presencial apenas em Salvador. “Notamos um crescimento de demanda para o Litoral Norte e Vilas mostrou-se um ponto estratégico para atender a Região Metropolitana”, avalia Ticiano Cortizo, superintendente da ACBEU.>
Terras raras>
A Mineradora Tabuleiro e o Senai Cimatec desenvolveram o protótipo de um sistema de coleta passiva de nanopartículas para detectar terras raras. Foi realizado um mapeamento tecnológico dos tipos de coletores para a prospecção de minérios na área da mineradora. As terras raras são um conjunto de 15 elementos químicos, constituídos pela família dos lantanídeos, mais escândio e Ítrio, encontradas na natureza misturadas a minérios. Esses elementos estão cada vez mais sendo usados em indústrias de alta tecnologia. O principal produtor, consumidor e que também dispõe da maior reserva mundial com cerca de 42 milhões de toneladas é a China. O Brasil e Vietnã vêm logo em seguida com reservas de mais de 20 milhões de toneladas. >