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Edgard Abbehusen
Publicado em 16 de agosto de 2020 às 05:18
- Atualizado há 2 anos
Tudo o que aprendi até aqui sobre o amor foi amando, pois o amor ensina, conduz, me torna melhor dentro das novas possibilidades. Por amor eu quero tanto que, muito vezes, me perco. Perco amores antigos, perco a hora, deixo o tempo passar e no final, fica sempre uma lição: a gente sempre se ajusta por entre as histórias que começam e terminam deixando sementes de experiências na estrada.>
Hoje eu amo, mas o amor do outro não me pertence. Eu sei do que sinto, mas não tenho garantias sobre o sentimento de mais ninguém. Ter a consciência disso é libertador. Deixa qualquer relacionamento mais leve, intenso e bonito. O amor existe dentro de mim e eu tenho a possibilidade de aproveitá-lo ao máximo. O resto é cuidado e colheita.>
Tem uma cena do filme ‘Closer, perto demais’ em que a personagem da Natalie Portman indaga ao seu ex parceiro após ele dizer que a ama: “Onde? Cadê esse amor? Eu não o vejo. Não posso tocar nele. Eu não sinto. Eu te ouço, escuto umas palavras... mas não posso fazer nada com suas palavras vazias “. E na verdade é tudo isso resumindo o que escrevo agora.>
Não temos o controle de nada, só do que sentimos. Só nos resta amar, nos entregar e viver sem tentar sabotar esse sentimento lindo dentro da gente. É amando que vamos aprendendo, nos aperfeiçoando, tentando não errar tanto quanto erramos um dia com uma outra pessoa.>
Muitas vezes vamos perder. Vai doer, vai machucar. Vai desidratar de tanto chorar. Vamos amar alguém que não era pra ser nosso. E diante de tudo o que já vi, ouvi e vivi eu posso te dizer: Amar e perder é melhor do que não ter amado.>
*Edgard Abbehusen é escritor, compositor, redator, baiano, criador de conteúdo afetivo e autor de livros; Ele publicará textos exclusivos aos domingos no site do CORREIO a partir do dia 21 de junho. Acompanhe Edgard no Twitter e Instagram>