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Eduardo Rocha: Salvador na real

  • D
  • Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2011 às 05:12

 - Atualizado há 3 anos

Salvador ficou no “se”, Fortaleza foi lá e fez. Apostou no Castelão para 67 mil pessoas e toca a obra mais adiantada dentre as 12 sedes da Copa do Mundo 2014. Ganhou força pelo mérito, nos ultrapassou na reta final e recebeu o prêmio da Fifa. É a única cidade do Nordeste garantida na Copa das Confederações 2013, com uma semifinal, e receberá ao menos um jogo da Seleção Brasileira no Mundial do Brasil.Difícil saber se os inspetores da Fifa levaram em conta a nossa completa incapacidade de colocar o metrô nos trilhos ou a falta de um projeto para mobilidade urbana numa cidade que sofre com o caos do trânsito cotidiano. Quem passeia por Salvador só pode desconfiar que estamos numa das subsedes da Copa visitando as obras da Arena Fonte Nova. No mais, nem um canteiro, um operário, uma placa de propaganda do governo.Digamos que nada disso foi levado em conta, apenas os estádios. Então, nosso erro de estratégia foi o “se”. A Arena Fonte Nova terá capacidade para 50 mil pessoas, mas “se” conseguíssemos a abertura ou um jogo de semifinal, o número de lugares poderia ser ampliado. O castigo para o “se”, “pode”, “talvez” é ver Fortaleza ocupar o espaço que desde o anúncio das 12 cidades-sede parecia ser de Salvador. É por lá que o Brasil vai passar no Mundial. E a nossa presença certa na Copa das Confederações virou dúvida depois que a Fifa nos empurrou um prazo até junho de 2012 para confirmação. Quer mais tempo para avaliar. Em que falhamos? Além do “se”, nossa obra só será concluída em março de 2013, quando Fortaleza e Belo Horizonte, por exemplo, entregam seus estádios prontos em dezembro de 2012. Um claro sinal de alerta, não para a Copa do Mundo, mas para a das Confederações: o prazo de entrega é de apenas três meses antes do evento-teste para o Mundial.A Fifa não pretende repetir o que aconteceu na África do Sul, quando Port Elisabeth entrou na lista, mas não teve seu estádio pronto a tempo da disputa.Recado A decisão da Fifa é um recado direto a Salvador e Recife. “Estamos em dúvida, façam-nos acreditar”. E nem adianta vir comparar a situação da nossa cidade com a de São Paulo ou Rio de Janeiro. A cidade mais importante do país pintou de cal as quatro linhas, fincou duas traves e disse: “tá aqui o nosso estádio”. Pronto. Até o campinho de barro ali da Boca do Rio serviria de arena moderna para São Paulo abrir a Copa. Quem esperneia já sabia que seria assim.O mesmo vale para o Rio. Ou alguém acredita que o palco maior do futebol nacional, um ícone mundial, não receberia a final de uma Copa do Mundo no Brasil? E com a chance de redimir o Maracanazzo de 1950. Essas duas cidades vivem uma Copa à parte. Serão beneficiadas, perdoadas e auxiliadas a cada falha, problema, mesmo com as obras atrasadas. Quem não pode errar somos nós!