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Giácomo Mancini: restaurante uruguaio conquista clientes com clima divertido, bom atendimento e comida saborosa

  • D
  • Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2013 às 06:38

 - Atualizado há 2 anos

Montevidéu não tem o ar cosmopolita de Buenos Aires, que fica ali, do outro lado do Rio da Prata. Tampouco tem tantos restaurantes e tão variados como os da capital argentina. Os ‘orientales’ da República Oriental do Uruguai adoram bares e restaurantes com a porta para a calçada e não para um corredor de shopping. Até há restaurantes ótimos de parrilla, como o El Fogon, que tem unidades dentro de shoppings mais para conquistar os clientes que vão fazer compras nos fins de semana - e os turistas que nem sempre se dispõem a enfrentar o centro da cidade velha para comer. Então, se você quer comer e comer bem num dos bons restaurantes de Montevidéu, saiba que eles estão espalhados pelas esquinas da cidade. Se o hotel ficar razoavelmente perto, vá a pé. A cidade é tranquila e segura. Você pode não ver muitos policiais nas ruas, mas pode andar de máquina fotográfica em punho. Proteja a carteira e vá tranquilo. O serviço nos bares e restaurantes é eficiente. Os garçons, na maioria, são simpáticos, gentis e bem informados sobre os pratos e a carta de vinhos. Sábado à noite, reserva feita com dois dias de antecedência, caminhamos três quadras até o Francis. Muito bem indicado por sites especializados e por amigos que passaram uns dias em Montevidéu. Foi uma boa surpresa no circuito gastronômico. Fica, claro, numa esquina, num prédio antigo, que conserva a fachada, mas com o interior totalmente reconstruído. É um restaurante bonito, arquitetura contemporânea. Como fizemos reserva com boa antecedência, conseguimos uma mesa no salão. Há também mesas no mezanino. A cozinha é aberta e você pode ver o balé dos cozinheiros nos fogões e na parrilla. Aliás, o restaurante se identifica como Parrilla Gourmet.

Localizado em uma esquina de Montevidéu, Francis temdecoração contemporâneaA carta de vinhos privilegia a produção local, mas tem vinhos do Chile e Argentina e do Velho Continente. Você abre a carta e logo vem o sommelier para lhe ajudar a decifrar os vinhos uruguaios. Foi, de cara, o primeiro ponto a favor do restaurante, lotado na noite de sábado. O sommelier não impõe. Ajuda. Não tenta fazer com que você beba o vinho mais caro da carta. Aceitei a indicação. Abriu um Puzzle. Um vinho uruguaio feito com 15 castas diferentes. Combinou bem com meu pedido, um cordeiro cozido no Tannat e não ‘matou’ o prato de Patrícia, um brotola, no Brasil, abrotea, peixe da costa do Uruguai e da Argentina, grelhado com legumes e páprica picante. O cordeiro, cozido lentamente no vinho com especiarias, estava realmente saboroso, com um molho reduzido lentamente no fogo. O peixe, provo sempre o prato de quem está à mesa, estava grelhado no ponto certo, crocante por fora e úmido no interior. Uma refeição feita com tranquilidade sem que os garçons aparecessem toda hora para tentar apressar o seu pedido: “a conta”! Longe disso. Depois da sobremesa e de passar o cartão de crédito, quando estávamos saindo, o proprietário, que tinha ficado a noite toda controlando a distribuição das mesas e a fila de espera, veio conversar conosco, sabendo, claro, que éramos turistas. E eu logo quis saber da origem do nome. Francis. Simples e marcante. É o nome da filha de um ex-sócio. A sociedade se desfez, mas o nome ficou. Ele agradeceu a visita e fez o pedido que virou uma febre em todo o lugar que a gente passou: “Se você gostou, faça um comentário no Trip Advisor”. E, se não gostou, me diga agora, diz ele. A noite no restaurante acaba com uma conversa simpática e amigável, como são os uruguaios.

A Brotola comlegumes é um dos pratos do variado cardápio do espaço uruguaio

Ainda não escrevi meu comentário lá no Trip Advisor, mas vou logo dando a dica: quando você for a Montevidéu,  reserve uma noite para jantar no Francis. E, se conseguir fugir das carnes da Parrilla, peça o cordeiro. Tanto quanto a carne de boi, o Uruguai tem excelente produção de cordeiros e ovelhas, ainda melhores que a Argentina. Vá ao Francis, jante sem pressa, aproveitando o clima divertido, a conversa com os garçons e o sabor da comida. E, depois, saia a caminhar tranquilamente de volta ao hotel. Montevidéu vai lhe parecer ainda mais encantadora.CORDEIRO CONFITADO EM BASÂMICO E TANNAT(para quatro pessoas)Ingredientes1,2 kg de perna de cordeiro desossada e cortada em pedaços2 cebolas médias picadas4 tomates maduros picados2 dentes de alho picados1 garrafa de vinto Tannat uruguaio2 folhas de louro1 cubo de caldo de carne100 ml de azeite de oliva SalLouroPimenta-do-reinoRamos de alecrimSálviaAceto balsâmicoÁguaSalsa picada PreparoDeixe a carne do cordeiro de um dia para outro numa marinada com alho, sal e vinho tinto; durante 24 horas. Refoge  a cebola no azeite e, quando ficar dourada, junte o cordeiro escorrido da marinada, que deve ficar bem corado. Junte então a sálvia, o alecrim, refogue mais um pouco e junte o tomate  e o líquido da marinada e um pouco de água. Deixe cozinhar lentamente em fogo bem baixo, para que o molho fique um pouco espesso. Se necessário, retifique os temperos e junte duas colheres de aceto balsâmico. Na hora de servir, espalhe a salsinha. Sirva com batatas em pedaços grandes fritas ou refogadas em azeite de oliva.