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Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 05:00
- Atualizado há um ano
Bahia, Vitória e, em muito menor grau, Juazeirense começam hoje a missão de fazer a Bahia conquistar a Copa do Nordeste. O estado é o que mais vezes foi campeão regional. São sete títulos (cinco com o Vitória e dois com o Bahia), vantagem considerável sobre Pernambuco, que tem quatro (três do Sport e um do Santa Cruz). Juntos, os dois estados economicamente mais fortes da região concentram 11 dos 14 troféus já disputados (78,5%). Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará são os “entrões” no rateio de taças.No entanto, a hegemonia baiana estagnou na virada da década. Depois do título rubro-negro em 2010 e da lacuna no calendário em 2011 e 2012, nenhum time da Bahia ganhou mais o Nordestão. São quatro edições seguidas neste novo formato que deixa a Lampions League muito mais interessante financeiramente para os clubes – são R$ 600 mil para cada time que disputa a primeira fase neste ano - e mais abrangente para o público, com transmissão de TV nacional. No período, porém, houve apenas um time baiano na final, com o Bahia vice do Ceará em 2015. Em 2013 e 2014, o Vitória parou nas quartas de final. Em 2016, o Bahia parou na semi. É pouco para quem tem dois clubes entre os três de maior orçamento da região. Pernambuco chegou a duas finais nesses quatro anos e ganhou ambas: Sport em 2014 e Santa Cruz em 2016. A Paraíba também se deu melhor que a Bahia no atual formato da Copa do Nordeste, com fase de grupos seguida de mata-mata a partir das quartas de final. O traiçoeiro Campinense foi campeão em 2013 e vice em 2016.Como quase sempre, Bahia e Vitória entram novamente como favoritos na competição em 2017. Muito por causa da capacidade de investimento, bem maior que a de 17 dos 18 adversários, inclusive Santa Cruz e Náutico. Só o Sport se equipara à dupla Ba-Vi financeiramente. Formar o trio nordestino na Série A também pesa para Bahia, Vitória e Sport. Mas o histórico recente mostra que o caminho não é fácil para os baianos. Se for para apontar o melhor time do Nordeste, no papel, este é o Sport. O time pernambucano vai para o quarto ano seguido na Série A, o quinto na Copa Sul-Americana e tem, disparado, o melhor jogador da região (o meia Diego Souza), além de uma espinha dorsal que dá solidez à equipe, como o goleiro Magrão, os laterais Samuel Xavier e Renê e o volante Rithely. Lógico que não é um timaço, tanto que acabou a última Série A em 14º lugar. O renovado ataque deve dar trabalho, mas não é uma maravilha: Marquinhos, ex-Vitória, Leandro Pereira, ex-Palmeiras, além do remanescente Rogério, outro que passou pela Toca do Leão. Nada que assuste, mas um bom time.BAHIA E VITÓRIA Contratar é o ato que mais empolga o torcedor, mas devagar com o andor. Dos 13 contratados pelo Vitória até agora – já contando com o volante Bruno Ramires, que estava ontem no Barradão -, muitos são incógnitas. A defesa, que preocupou em 2016, não foi olhada com tanto carinho pela diretoria quanto o setor ofensivo. Alan Costa e Geferson saíram sem deixar saudade no rebaixado Internacional. De Leandro Salino, que tem 31 anos e saiu do Brasil aos 23 para jogar em Portugal e na Grécia, pouco se pode falar. A destacar positivamente, só o zagueiro Fred e o volante Uillian Correia.Mas, no balanço, os reforços ofensivos tornam o saldo positivo. Dátolo, Cleiton Xavier, além de Pisculichi e André Lima para dar mais opções a Argel no elenco, são bons reforços para a maioria dos times da Série A. No papel, o Leão começa o ano com meio-campo e ataque melhores que o Bahia. Já a linha de defesa tricolor é mais sólida, embora o time esteja carente de um goleiro.Herbem Gramacho é editor de Esporte e escreve às quintas-feiras.