Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

14 anos de prisão: professor é condenado por estupro de ex-aluna do Colégio Adventista

A violência sexual aconteceu na sala de aula e nos corredores

  • Foto do(a) author(a) Bruno Wendel
  • Bruno Wendel

Publicado em 9 de maio de 2025 às 17:00

Professor é condenado por estupro de ex-aluna a 14 anos de prisão
Professor é condenado a 14 anos de prisão por estupro de ex-aluna Crédito: Divulgação

Após nove anos, o professor de geografia Natanael Borges Mendes Santana foi condenado a 14 anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de estupro de vulnerável contra uma ex-aluna da Escola Adventista de Paripe. Na época, a vítima tinha 10 anos. A decisão foi dada nessa quinta-feira (8), pelo juiz Bruno Barros Santos, mas cabe recurso.  

Na sentença, ao qual a Coluna teve acesso com exclusividade, o magistrado pontua que “os laudos técnicos demonstram os danos psicológicos sofridos pela vítima em decorrência dos abusos, consubstanciando os ‘resquícios indeléveis do crime - o trauma que a vítima levará para a vida inteira’, conforme bem apontado nos autos”. 

O juiz destaca que “a negativa de autoria apresentada pelo acusado não encontra respaldo no conjunto probatório, uma vez que a vítima confirmou, sem dúvidas, ter sido abusada sexualmente no interior do Colégio Adventista”. “Ademais, não restou demonstrado nos autos que a vítima, ou outras pessoas próximas (sua genitora), ou as testemunhas, tivessem qualquer interesse em prejudicar injustamente o réu”.  

À época em que o caso veio à tona, a ex-aluna relatou à polícia e à Justiça que os abusos ocorreram entre 2016 e 2018, período em que ela cursava o 6º e o 7º ano do ensino fundamental na unidade. Ela disse que teve as partes íntimas tocadas por Natanael Borges nos corredores da escola e na própria sala de aula.  

Após o escândalo, a Rede de Educação Adventista, que adota um ensino baseado em princípios bíblicos e atua há mais de 120 anos no Brasil com educação infantil ao ensino superior, informou que demitiu o professor. Logo depois, Natanael foi para Portugal, França, Espanha e Canadá. Fontes ligadas à instituição dão conta de que as viagens teriam sido bancadas pela rede como forma de afastá-lo dos holofotes, evitando assim a exposição da instituição.  

A Coluna procurou a assessoria de comunicação da Igreja Adventista em Salvador e Região Metropolitana. Em nota, a Escola Adventista de Paripe informa que, "à época dos fatos envolvendo um ex-funcionário desta unidade, todas as providências cabíveis foram tomadas prontamente". "Oferecemos total apoio à vítima e sua família, o profissional foi imediatamente afastado e, após apuração interna, desligado de suas funções. Desde então, a escola tem colaborado integralmente com as autoridades competentes e permanece à disposição para contribuir em qualquer necessidade atual ou futura", diz a nota.

Em relação às viagens feitas por Natanael Borges terem sido custeadas pela Rede de Educação Adventista, a assessoria informou, por mensagem de texto, que "não procede de forma alguma". "A Igreja Adventista do Sétimo Dia não custeou qualquer viagem, nacional ou internacional, para o ex-funcionário Natanael Borges após seu desligamento. Também não houve qualquer tipo de apoio ou ação com o objetivo de afastá-lo dos holofotes, ou proteger sua imagem".

Leia a nota na íntegra:

NOTA OFICIAL

CASO ENVOLVENDO EX-FUNCIONÁRIO DA ESCOLA ADVENTISTA DE PARIPE

A Escola Adventista de Paripe informa que, à época dos fatos envolvendo um ex-funcionário desta unidade, todas as providências cabíveis foram tomadas prontamente. Oferecemos total apoio à vítima e sua família, o profissional foi imediatamente afastado e, após apuração interna, desligado de suas funções. Desde então, a escola tem colaborado integralmente com as autoridades competentes e permanece à disposição para contribuir em qualquer necessidade atual ou futura.

Diante das informações veiculadas, a escola reafirma seu compromisso com um Plano de Ensino que promove, de forma contínua, ações de prevenção e conscientização contra toda forma de violência e abuso. Reiteramos nosso repúdio a qualquer atitude que viole a dignidade humana e reforçamos nosso compromisso com o cuidado integral de crianças, adolescentes e suas famílias.

Escola Adventista de Paripe (EAP)

Rede Adventista de Educação

Salvador, Bahia

09 de maio de 2025