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Marcelo Sant'Ana: Dane-se o ídolo

Desdém. Indiferença. A ideia é só salvar a pele, desviar o foco, crucificar Viáfara, mesmo que o sangue da torcida também escorra junto

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  • Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 08:36

 - Atualizado há 3 anos

Injustos e covardes. Assim os dirigentes de clubes baianos geralmente se comportam quando querem se desfazer dos ídolos. A última vítima do moedor de fantasias é o goleiro Viáfara.O colombiano construiu história no Vitória. Chegou discreto do Atlético-PR e, depois de virar titular, raramente se omitiu. Sempre adorou fazer festa e provocar sem temer a responsabilidade. Entendeu que parte da graça no futebol é viver intensamente.A parte mais jovem da torcida se identificou com o jeito irrequieto e até certo ponto transgressor. Ali estava uma alternativa para mudar o perfil de um clube centenário. Os mais velhos também sentiram novas emoções.Viáfara amadureceu com erros e acertos, como qualquer um. Com certeza não agradou a muitos. Foi como os badalados craques de antigamente. Identificou-se com camisa, torcida, buscou respeitar as tradições do clube. Várias vezes comportou-se, naturalmente, como um torcedor. Conquistou títulos. Doou-se e ganhou por isto.Os ciclos e as pessoas renovam-se em todas as áreas. Talvez o diagnóstico da diretoria seja que o atleta já não agrada ou sua influência sobre o elenco não é benéfica. Então bastaria conversar e oferecer a quem deu tantas alegrias à torcida uma saída digna, sem traumas.Não é o que se vê. A diretoria nitidamente busca deixar Viáfara desconfortável. Anuncia substituto, dispensa-o, depois diz que fica ou que decida como quiser. Desdém. Age com indiferença.A ideia é só salvar a   pele, desviar o foco, crucificar, mesmo que  o sangue da torcida também escorra junto.Prejuízo O Vitória publicou no site o Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras referentes ao ano de 2010. Detalhe chama atenção: mesmo tendo uma receita “extra” de R$ 8,8 milhões somente da venda de atletas, o clube teve déficit de R$ 3,4 milhões no período.Inflação Embora rebaixado, o Vitória mais que dobrou os gastos no futebol profissional. O departamento custou R$ 10,2 milhões em 2009 e, ano passado, bateu em R$ 22,9 milhões. No departamento administrativo, os gastos também subiram bastante: de R$ 706 mil, na temporada 2009, para R$ 1,6 milhão, no último ano.Marketing  Bastante criticado, o departamento de marketing elevou a arrecadação com patrocínios de R$ 2,3 milhões para R$ 5,9 milhões. Outra receita que cresceu foi a do programa Sou Mais Vitória: passou de R$ 507 mil para R$ 2,8 milhões de 2009 para 2010.Resumo  Em 2009, o Vitória teve receita bruta de R$ 30,4 milhões (superávit de R$ 11,7 milhões). Em 2010, arrecadou R$ 42,1 milhões (prejuízo de R$ 3,4 milhões).