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O Brasil não pode abrir mão de sua soberania industrial

Países como Estados Unidos, Alemanha e a própria China jamais deixaram de proteger e fortalecer suas indústrias nacionais

Publicado em 15 de setembro de 2025 às 05:00

Flávio Figueiredo Assis é CEO da LECAR
Flávio Figueiredo Assis é CEO da LECAR Crédito: Divulgação

O Brasil vive um momento decisivo em sua história automotiva. Até o final de 2025, serão 15 marcas automotivas chinesas atuando no país, reforçando a importância estratégica do nosso mercado no cenário global. Esse movimento traz investimentos e tecnologia, mas também acende um alerta: estaremos preparados para garantir que o futuro da mobilidade em nosso território não seja definido apenas por interesses externos?

A resposta precisa ser clara: o Brasil não pode abrir mão de si mesmo. Países líderes como Estados Unidos, Alemanha e a própria China jamais deixaram de proteger e fortalecer suas indústrias nacionais. O Brasil não pode trilhar o caminho inverso.

É nesse contexto que surge a LECAR, montadora 100% brasileira, com uma visão ousada: transformar o carro em um projeto de país. Nascemos com o propósito de unir o que temos de mais valioso — a matriz energética limpa do etanol, a criatividade de nossos engenheiros e designers, a força do agronegócio e o espírito empreendedor brasileiro — para criar veículos híbridos flex que não apenas atendam às demandas locais, mas também se tornem referência mundial em mobilidade sustentável.

Mais do que fabricar veículos com qualidade e segurança — como será o caso de nossos primeiros modelos, o SUV Lecar 459 e a picape Campo, ambos híbridos flex-elétricos — queremos despertar no brasileiro o orgulho de escolher e valorizar o que é nosso. Cada automóvel da LECAR carrega um pedaço do Brasil: inovação, sustentabilidade e a convicção de que somos capazes de liderar.

Nossa fábrica, que será construída em Sooretama, no Espírito Santo, contará com investimentos de R$ 870 milhões, capacidade instalada para até 120 mil veículos por ano e a previsão de gerar cerca de 4.000 empregos diretos e indiretos. Estará estrategicamente localizada próxima a cinco portos, o que permitirá que nossos automóveis cheguem com agilidade também a mercados internacionais. Esse posicionamento logístico é decisivo para transformar o Brasil em protagonista da mobilidade verde no cenário global.

Estamos diante de uma oportunidade histórica. Se nada fizermos, o Brasil corre o risco de se tornar apenas um grande importador de tecnologia. Mas se fizermos uso e apoiarmos o que é nosso, poderemos construir uma indústria capaz de gerar milhares de empregos, desenvolver talentos e transformar o etanol — conquista tecnológica nacional — em protagonista da mobilidade sustentável global. O futuro da mobilidade verde está sendo escrito agora. E o Brasil tem a chance de liderar essa história.

Flávio Figueiredo Assis é CEO da LECAR