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Paulo Leandro
Publicado em 24 de março de 2021 às 05:11
- Atualizado há 2 anos
Qual o papel da bola no contexto de extermínio tático do Brasil, em modo on já faz um ano? Como o projeto genocida apropriou-se da redonda a fim de circular a peste, contribuindo na geração de supercepa mais letal e contagiosa?>
De um ponto de vista simbólico, a bola aguça a falsa percepção de se poder tocar a vida de boa, banalizando o mal, as mortes diárias e a infecção crescente, porque as pessoas acostumam-se a curtir suas resenhas em meio à dor genocida.>
No presencial, trata-se de usina genocida: jogador infectado em Salvador vai para o Maranhão e abraça o colega, aglomeram-se sem máscaras; de Recife e outras praças, vêm visitas contaminadas para cá e a peste vai misturando o Brasil...>
Saindo do campo, por ato ou omissão; norma ou discurso; nenhum gol contra foi marcado sem anuência ou comando genocida, premeditando como lesar o crédulo povo – e alguns torcedores mugem em louvor à cepa nacional Besta-666, vergonha da Arma!>
Trabalho de pesquisa, testando positivo esta hipótese genocida, foi divulgado pela Universidade de São Paulo (USP), em farta coleção de fatos, demonstrando covarde intencionalidade, ou dolo, em juridiquês, com o primeiro ó bem aberto, baiano: dó-lo.>
Houve, na perspectiva do estudo, segundo a análise de 3.049 normas assinadas por Jair Bolsonaro e afins: estratégia institucional de propagação genocida do vírus; propaganda contra a saúde pública e disseminação de conteúdo falso e informações anticiência.>
A equipe da professora Deisy Ventura detectou, cotejando a publicação oficial e as falas do presidente, o ataque à vacina, o desdém pela dor dos cidadãos, os vetos a projetos de lei para acudir as pessoas, entre outras supostas provas da política de Estado genocida.>
A violação – genocida! - sem precedentes do direito à vida dos brasileiros passaria pela troca no Ministério da Saúde, de médicos por um general, resultando em dois titulares da pasta, sem nenhum assumir liderança, e lentidão no repasse do auxílio emergencial.>
Inspirado na pesquisa, em relação a gestores, é possível pensar: se a rotina da bola ajuda a espalhar e fortalecer sars-covid; e eles a mantêm rolando; logo, contribuem, com este descuido, para a escalada genocida, há 25 dias batendo recordes de óbitos.>
Pode-se propor outro silogismo genocida: se a corte internacional tem o condão de fazer justiça; e para fazer justiça, deverá ser citado quem assina a programação dos jogos; logo, a corte de Haia terá de, necessariamente, intimar os acusados a comparecer.>
Também é plausível inferir: o número provisório de 300 mil óbitos, em inédito cálculo genocida, está relacionado à “vontade de medicina”, representada em recomendação de remédios ineficazes e tratamento “precoce”, entre outros falaciosos argumentos.>
O mata-mata eliminatório revela apego cego à economia, como se houvesse algum país amanhã, se atendido o interesse genocida, representado nos contratos superdimensionados, quando cotejados com a bola furada de pseudocraques.>
Minuto de silêncio! Sim, para as vítimas, antes do jogo, coisa mais linda de ‘môdeus’, gente mais compassiva com a dor do outro! Seria um craque do Mal o Carniceiro da Cloroquina? De doido não tem nada, Himmler curtiu, joga certo este ge-no-ci-da: 666!>
Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade.>