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Coluna Pombo Correio
Publicado em 1 de dezembro de 2023 às 05:00
PT baiano sem prestígio >
Pelo visto, os dois principais caciques do PT na Bahia não andam com muito prestígio no meio jurídico em Brasília. O senador Jaques Wagner e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, não conseguem acertar a articulação no Judiciário na capital federal e estão acumulando uma série de derrotas. A mais recente foi a escolha do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), para o Supremo Tribunal Federal (STF). Wagner tentou emplacar seu ex-assessor parlamentar, Jorge Messias, mas não deu certo. Como a coluna já havia antecipado, existia um embate entre ele e a primeira-dama Janja, que preferia Dino. Venceu a esposa do presidente Lula.>
Música no Fantástico>
Da mesma forma, os petistas baianos também saíram derrotados na disputa pela Procuradoria Geral da República (PGR). Wagner e Rui chegaram a trabalhar pela recondução de Augusto Aras, que, apesar de ter sido escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, sempre manteve boa relação com a dupla. Não deu certo e eles abraçaram a candidatura do subprocurador Antonio Carlos Bigonha, preferido do PT. Mas quem ganhou a disputa foi o subprocurador Paulo Gonet, preferido dos ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Com as três derrotas, já podem pedir música no Fantástico.>
Intriga falha>
O Senado aprovou nesta semana o nome do desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano para o CNJ, apesar das tentativas de intriga de autoridades do Judiciário baiano. Agora, ele se junta ao promotor baiano João Paulo Schoucair na Corte.>
Cobras e lagartos>
Quem ouviu o telefone entre Gilmar Mendes e de Wagner após a aprovação da PEC que limita poderes do STF disse que o diálogo não foi nada amistoso. Pelo que contam, Gilmar, um dos mais críticos à proposta, reprovou veementemente o voto de Wagner a favor das medidas. O ministro foi duro e restou ao petista ouvir calado.>
Convergência>
O presidente nacional do PT, Carlos Luppi, deve se reunir na próxima semana em Brasília com as principais lideranças do partido na Bahia. Na pauta estão as eleições de 2024 e o posicionamento da legenda nas maiores cidades do estado. A expectativa é que os deputados federais Félix Mendonça Jr., presidente estadual da agremiação, e Leo Prates, tenham uma convergência de interesses. Já a definição da vice da chapa de Bruno Reis (União Brasil) deve ficar para depois de abril, conforme roteiro definido pelo próprio prefeito.>
Procura-se um vice >
Um dos motivos da demora do anúncio do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) como candidato da base petista a prefeito de Salvador é a dificuldade de encontrar um nome para o posto de vice. A ideia do grupo é buscar alguém das esquerdas que represente a ala mais ideológica oriunda do PT ou PCdoB para dar uma demonstração de unidade da base. Contudo, os nomes de maior representação não aceitaram o convite, pois não querem embarcar na empreitada de Geraldo. Como a coluna já havia antecipado, a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social do Estado, Fabya Reis, favorita do emedebista, já avisou a aliados que não tem interesse no posto.>
Estrela decadente>
E por falar em Geraldo, o vice-governador foi à cerimônia do Prêmio Band Cidades Excelentes, na UPB, e protagonizou uma situação para lá de constrangedora. Com o evento destinado aos prefeitos, Geraldo bateu o pé e exigiu discursar, o que não estava no script do evento. A insistência foi tanta que a organização acabou permitindo a fala do vice. Quem viu a cena disse que o embaraço foi grande.>
Portas fechadas>
O presidente da Conder, Zé Trindade, continua um poço de mágoas após ter sua candidatura a prefeito de Salvador vetada. Segundo fontes governistas, o ex-vereador parou de atender na Conder empresários que considera mais ligados ao senador Jaques Wagner, a quem credita o veto. Se a pessoa não tiver as bênçãos de Rui para ser atendida no órgão estadual, encontra portas fechadas. >
A primeira vítima >
A primeira vítima do possível apoio do PT ao MDB em Salvador é a vereadora de Vitória da Conquista Lúcia Rocha. Os irmãos Vieira Lima vinham assegurando a ela sua candidatura a prefeita no ano que vem, inclusive com postagens nas redes sociais. Ao longo da semana, contudo, a imprensa da cidade já dá como certo o acordo para ela ser vice do deputado federal Waldenor Pereira (PT). Lúcia é a primeira a sucumbir ao acordo envolvendo a candidatura de Geraldo e, ao que tudo indica, outros virão, o que só aumenta o pânico entre emedebistas.>
Bateu o pé>
Lúcia Rocha, entretanto, não parece estar disposta a deixar a disputa facilmente. Dias após a intensa agenda do governador Jerônimo Rodrigues e Waldenor em Conquista, a vereadora gravou um vídeo negando o arranjo com o PT. O motivo da resistência da emedebista é que, nas sondagens, ela aparece bem à frente de Waldenor, que não decola de jeito nenhum. >
Farpas do Recôncavo>
Não chame para a mesma mesa o deputado estadual Rogério Andrade (MDB) e o prefeito de Castro Alves, Thiancle Araújo (PSD). O clima, que entre eles já era ruim, ficou ainda pior esta semana por causa da entrega de uma ambulância do Samu para o município. Andrade publicou conteúdo fazendo parecer que era benfeitoria dele, mas depois apagou a publicação. Foi tarde demais porque o print não perdoa. Não deu outra, o prefeito gravou vídeo detonando a atitude do emedebista, que é o principal fiador da oposição ao grupo de Thiancle nas prévias da eleição municipal.>