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Coluna Pombo Correio
Publicado em 15 de dezembro de 2023 às 05:00
Motivo de Piada >
O deputado federal Antonio Brito (PSD) quis dar uma de esperto ao tentar barganhar o apoio do MDB nacional à sua candidatura à presidência da Câmara. Em troca, na cabeça dele, seu partido marcharia com a candidatura do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) em Salvador. Contudo, Brito recebeu um sonoro não dos caciques emedebistas de Brasília, que deram risada do pedido. O pedido é no mínimo esdrúxulo, pois o líder da bancada do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões, também almeja a presidência da Casa e jamais iria negociar a troca. A proposta de Tony Brito foi motivo de piada.>
Azedou de vez>
Já em Salvador, a “articulação” de Brito também foi ridicularizada pelos irmãos Vieira Lima e provocou ainda mais desgaste na relação entre o PSD do senador Otto Alencar e o MDB. Já existia muita tensão por disputas no interior e, agora, azedou de vez com Otto e Geddel Vieira Lima trocando farpas pela imprensa e nas redes sociais.>
2026>
Há nessa briga uma antecipação da disputa que vai acontecer em 2026. Com o ministro Rui Costa (PT) e o senador Jaques Wagner (PT) pleiteando as vagas para disputar o Senado, vai restar a PSD e MDB a luta pela indicação do postulante a vice-governador. A candidatura de Geraldo a prefeito tiraria automaticamente o MDB do páreo por conta do apoio de PT e PSD a ele em Salvador.>
Clima tenso I>
O governador Jerônimo Rodrigues não gostou nada das recentes declarações do ex-ministro Geddel Vieira Lima, real mandatário do MDB baiano, sobre a condução da escolha do candidato da base petista em Salvador. A pessoas próximas, Jerônimo fez duras críticas à postura de Geddel e avisou que não aceitaria ser pressionado. Não satisfeito, o líder emedebista voltou a pressionar e ainda soltou indiretas destinadas ao governador em suas redes sociais. >
Clima tenso II>
E quem anda tenso com a situação é o vice-governador Geraldo Júnior (MDB), virtual candidato da base na capital. Segundo relatos, o vice tem andado mal-humorado e “descontando a tensão na comida”. Nas pautas institucionais, Geraldo está sempre com a cara de poucos amigos, o que destoa da postura dele, sempre sorridente. Tem coisa aí...>
Costura>
Já no União Brasil, o deputado federal Elmar Nascimento deu uma demonstração de força nesta semana, quando foi reconduzido antecipadamente para a liderança do partido na Câmara. Nos bastidores, Elmar vem costurando apoios e sua candidatura cresce na disputa pela presidência da Casa. Além do União Brasil, ele já conta com a adesão de parlamentares da base do governo como PDT, PSB, PSD e até do PT.>
Novos ares>
Ainda no União Brasil, os movimentos nacionais se intensificaram e caminha-se para a consolidação do vice-presidente Antônio Rueda para suceder Luciano Bivar no comando da legenda. O movimento conta com articulação do secretário geral e presidente da Fundação Índigo, ACM Neto. A expectativa é que, a partir da convenção de 29 de fevereiro, o partido, sob nova direção, possa ter um trabalho de articulação política nacional mais intenso.>
Base unificada >
Em Camaçari, o prefeito Elinaldo Araújo (União Brasil) foi cirúrgico na escolha de seu candidato nas eleições do ano que vem, o presidente da Câmara Municipal, Flávio Matos (União Brasil). O PT local, encabeçado pelo ex-prefeito Luiz Caetano, não esperava que Elinaldo conseguisse unificar a base em torno de uma candidatura tão cedo. Esse movimento gerou preocupação no entorno de Caetano. >
Bola fora>
O time do governador Jerônimo encontrou um jeito, digamos, inusitado de aliviar a cobrança pelas emendas impositivas: resolveu distribuir bolas de futebol aos deputados, via Sudesb. Cada circunferência foi precificada por R$ 304,42 (bem acima do preço médio de mercado) e abatida do valor a que cada parlamentar tem direito. Rapidamente o assunto virou piada pronta nos bastidores e nos grupos de zap, onde a medida era coletivamente chamada de "bola fora".>
Na bronca>
Um grupo da Defensoria Pública da Bahia ficou na bronca com o recuo da base de Jerônimo na Assembleia Legislativa na votação do projeto de lei complementar de interesse da categoria. Bem na hora H, depois de a oposição ter dado sinal verde para o andamento da matéria, os governistas declinaram, alegando que seria preciso fazer ajustes técnicos na redação. Decepcionado com a situação, um integrante da comitiva deixou escapar um sonoro “essa culpa eu não carrego”, se referindo ao governo petista.>