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O candidato língua grande, a barriga de aluguel e o inimigo do Agro

Confira o que acontece nos bastidores da política baiana

Publicado em 27 de outubro de 2023 às 05:00

Megaoperação

Tem mais bomba a caminho do judiciário baiano vinda de Brasília. A operação Faroeste pode virar fichinha diante da investigação em curso, ainda muito sigilosa, envolvendo venda de sentenças e extorsão de empresários.

Rastros vermelhos

Deputado federal da Bahia foi visto essa semana em um renomado escritório de advocacia de Brasília. O objetivo era tentar evitar que a vereadora de Lauro de Freitas Débora Régis (PDT) constituísse sua defesa junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O parlamentar acabou deixando rastros que imediatamente foram associados a interesses não políticos que sua excelência mantém com a prefeita da cidade, Moema Gramacho (PT).

Língua grande

O anúncio de Geraldo Jr como candidato a prefeito de Salvador era para ter ocorrido essa semana. Mas a conhecida “língua grande” do vice-governador acabou atrapalhando. Pessoas ligadas a ele deixaram vazar na imprensa que Jaques Wagner e Jerônimo haviam batido o martelo em torno do seu nome. Irritada, a cúpula petista resolveu adiar o comunicado, mas o martelo está de fato batido.

Portas fechadas

Por um lado, o MDB considera a candidatura de Geraldo boa para o partido. Por outro, sabe que vai ter duas contas grandes para pagar. A primeira é a do financiamento da campanha. A direção nacional do partido já informou que deseja ajudar, mas não pode dar nem metade do teto do fundo eleitoral. A indisposição do vice com a classe empresarial baiana é outro componente que dificulta as coisas. Ele prometeu mundos e fundos na eleição passada aos apoiadores, mas não cumpriu nada e muitas portas se fecharam. Para piorar: o articulador empresarial do governo, o presidente da Conder José Trindade, já disse que não vai mexer uma palha para ajudar a campanha do vice-governador.

Interior em Choque

Outra fatura pesada recai sobre o apoio compulsório do MDB ao PT em grandes cidades do interior. Os irmãos Vieira Lima têm dito que cada território é um trato, mas a realidade é que já entenderam que o partido não vai crescer no interior como poderia em razão da candidatura na capital. Agora, a dupla tenta acalmar as bases, mas nem sempre com sucesso. Nessa esteira, o principal concorrente, o Avante de Ronaldo Carleto, só faz ganhar terreno para o MDB, filiando prefeitos e pré-candidatos competitivos.

Avante Recua

Por falar em Avante, muitos pré-candidatos a prefeito que estão migrando para a base do governo já estão arrependidos. Alguns se filiam em um dia e no outro recebem vídeos do governador Jerônimo em apoio ao grupo raiz. Tá difícil para Ronaldo Carleto entregar o que prometeu aos seus aliados.

Barriga de aluguel

A direção estadual do PV está cada vez mais enfurecida com a postura do governo do estado com o partido. Além de ter vetado os verdes nos 1º e 2º escalões da administração estadual, o governo está por trás também da provável migração do deputado federal Bacelar para o Podemos. No Congresso Nacional, já são favas contadas a saída de Bacelar do PV. “Fomos usados como barriga de aluguel na Federação realizada em 2022”, queixa-se um líder dos Verdes.

De Love

Uma servidora do alto escalão do governo estadual decidiu, em uma agenda no interior, dar uma fugidinha na calada da noite para aproveitar os prazeres da vida. Até aí, tudo certo. Mas a executiva foi flagrada “de love” por um figurão do governo que passava pelo local. A cena rendeu um enorme constrangimento e o afastamento dela das funções. Dizem que, desde então, não se fala em outra coisa nos corredores do CAB. E a identidade do acompanhante da moça segue um mistério até agora.

Segurança em 2º plano

Segue engavetado na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei que atualiza a gratificação de agentes da segurança pública no Estado, em meio à onda de violência e trabalho dobrado dos policiais. A pauta parece ter sido esquecida pela bancada governista, que esta semana passou o rolo compressor para aprovar a urgência do programa do Bahia Sem Fome, mas não moveu nenhum esforço em relação à segurança pública.

Inimigo do Agro

O cancelamento da Fenagro levou pelo vento as palavras e acenos que o governador Jerônimo Rodrigues fez ao agronegócio da Bahia no primeiro semestre deste ano. Chamado de “inimigo do agro”, o governador deu as costas para o maior evento agropecuário do Norte Nordeste, que tinha a expectativa de movimentar mais de R$ 150 milhões em volume de negócios. A decisão deixou um rastro de prejuízos, pois muitos expositores já tinham investido dinheiro na logística para transportar animais ao Parque de Exposições de Salvador. Até mesmo o setor hoteleiro deve sentir os impactos do cancelamento.

Corda bamba

E o cancelamento da Fenagro parece ter sido a gota d'água para o secretário da Agricultura, Tum (Avante), que já vinha balançando no cargo. Parlamentares com trânsito no Palácio de Ondina dizem que a queda é questão de tempo e articulação, uma vez que a pasta é cortejada por diversas lideranças políticas, embora tenha perdido poder nos últimos anos com o fortalecimento da Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR).