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Coluna Pombo Correio
Publicado em 9 de fevereiro de 2024 às 05:00
Papagaio de pirata >
O vice-governador Geraldo Júnior (MDB) tentou roubar a cena durante a entrega da chave da cidade pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) ao Rei Momo na cerimônia que abriu oficialmente o Carnaval, ontem. Contudo, acabou escanteado. Nem mesmo Jerônimo deu muita bola ao vice, que fez esforço para tocar a chave e aparecer na foto. Vale recordar que, como revelou a coluna, Geraldo teve a “brilhante” ideia de criar uma eleição de Rei Momo estadual para que ele pudesse entregar uma chave. >
Convergência perversa>
Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda) sempre divergiram em praticamente tudo, mas agora concordam em relação ao imbróglio envolvendo o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), iniciativa que o governo Lula quer encerrar com o apoio da dupla. O programa concede incentivos fiscais ao setor, que foi brutalmente afetado pela pandemia. Quem também apoia o fim do Perse é o senador Jaques Wagner (PT). Aqui na Bahia, Rui e Wagner fazem jogo de cena e dizem que são a favor dos artistas, mas em Brasília trabalham com força para derrubar o programa. O setor de entretenimento, bares e restaurantes será duramente prejudicado caso o Perse seja encerrado. >
Responda ao Pombo>
O pombo voltou sem resposta. O governador Jerônimo Rodrigues ficou com cara de poucos amigos depois desta coluna mostrar na semana passada que em seu primeiro ano de governo ele deixou de usar quase R$ 300 milhões que estavam disponíveis para combater a pobreza na Bahia. O petista atacou adversários, apelou mais uma vez para o nome do presidente Lula, só não explicou o porquê de tanto dinheiro parado no caixa quando a Bahia ainda amarga a posição de ser o estado com o maior número de pessoas vivendo em extrema pobreza. >
Tudo certo na Bahia>
Uma conhecida empresária do show business baiano arrumou uma forma nada ortodoxa para conseguir patrocínio de última hora do governo do estado para o seu camarote no Carnaval. Antes, contudo, foi obrigada a aparecer sorridente em fotos com autoridades estaduais, e ainda levou o marido a tiracolo para a imagem. Pegou mal, viu?!>
Pode confiar>
Parece piada, mas o próprio governo Jerônimo Rodrigues (PT) admitiu nesta semana que a ponte Salvador-Itaparica era praticamente inviável, embora venha sendo prometida desde 2007, ainda na gestão de Jaques Wagner (PT) e depois com Rui Costa (PT). A declaração foi do secretário da Casa Civil, Afonso Florence (PT), que disse que o projeto tinha 10% de viabilidade antes de Jerônimo e, agora, tem 97%. Ou seja, segundo o próprio governo petista, a ponte não era viável, mesmo com as sucessivas promessas, que renderam anos e anos de propaganda. Agora, sem nada de novo, a não ser uma sondagem requentada, a viabilidade está em quase 100%. Confia!>
Tiro pela culatra>
Sabendo do enfraquecimento de Jerônimo Rodrigues, setores do governo do estado já começaram a plantar informações com o nome do ex-governador e hoje ministro Rui Costa para 2026. Como Jerônimo parece não emplacar, com popularidade baixa em várias regiões, a estratégia que alguns governistas já começam a ensaiar é colar a imagem dele a Rui, que pode ser candidato a senador. A aposta, de acordo com as informações plantadas, é que Rui puxe Jerônimo em 2026, quando o caminho natural é o governador carregar o senador. >
Batata quente >
Nesta quinta-feira (8), o governador escalou, via decreto, o secretário da Fazenda, Manoel Vitório, como relator oficial para emitir parecer e responder sobre a prestação de contas do Contas do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), que a propósito está sob responsabilidade da Casa Civil, e não da Sefaz. Sob artilharia da oposição, Jerônimo jogou no colo da ala técnica o desacerto em um tema que até então era o principal mote do seu governo. >
Quem diria>
Nem a oposição em Salvador está resistindo ao sucesso das ações da Prefeitura no pré-Carnaval da capital baiana. Quem elogiou publicamente foi a deputada federal Lídice da Mata (PSB), que foi às suas redes sociais exaltar a passagem da banda BaianaSystem durante o Furdunço, que completou 10 anos em 2024. Criada na gestão de ACM Neto, a festa tem ganhado proporções ainda maiores com Bruno Reis. No início, contudo, recebeu críticas de oposicionistas. Hoje é praticamente unanimidade. O mundo realmente dá voltas. >
Carnaval pirata>
Ainda são desconhecidos os custos de contratos e convênios de parte das atrações artísticas anunciadas pelo Governo do Estado para o Carnaval deste ano. A prática já foi condenada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em anos anteriores, porque geralmente o orçamento final é muito maior que o previsto e abre brecha para pagamento via reconhecimento de débito: ou seja, sem contrato prévio. A principal operadora dessa gambiarra é a Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur), que já teve contas reprovadas pela mesma infração.>
Caravana da rebeldia>
Mesmo com a retomada tímida dos trabalhos, segue intensa nos bastidores da Assembleia Legislativa a corrida por uma cadeira no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). A despeito da preferência do governador pelo nome do deputado Paulo Rangel, seu correligionário petista, Fabrício Falcão (PCdoB), também da base, não desistiu do pleito e tem encontrado gabinetes abertos para ouvir suas alegações. Uma delas é de que a votação é secreta e que a indicação cabe à Casa, e não ao Executivo. Se a caravana da rebeldia avançar, a própria base pode acabar impondo uma derrota ao governador.>