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O pesadelo da violência para o PT, a Serin da oposição e a distorção nos números da economia de Jerônimo

Leia a coluna na íntegra

  • Foto do(a) author(a) Pombo Correio
  • Pombo Correio

Publicado em 14 de novembro de 2025 às 05:00

Violência põe Bahia em evidência nacional
Violência põe Bahia em evidência nacional Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Bahia está em evidência nacional por conta do debate sobre segurança pública, visto que o estado lidera, disparado, o ranking de homicídios no país há alguns anos, superando inclusive o Rio de Janeiro. A imprensa nacional tem dado bastante destaque à Bahia, ressaltando também que o estado lidera o ranking de letalidade policial, superando até mesmo o Rio de Janeiro. Sem qualquer crítica à polícia, é importante destacar, uma vez que os policiais trabalham arduamente para cumprir sua função mesmo diante do desprestígio do governo. Nacional mas aos planos do partido, uma vez que o estado será usado como exemplo negativo no tema da segurança, que promete ser um dos principais assuntos da eleição do próximo ano.

Mudaram de ideia?

Além dos caciques nacionais, lideranças baianas do grupo petistas dizem que a situação da segurança pública preocupa no debate eleitoral. O curioso é que, até recentemente, petistas diziam abertamente que o tema não tirava voto. Talvez isso explique o fato de o PT ter passado 20 anos negligenciando o crescimento da violência e o avanço das facções criminosas no estado. Como “não tirava voto”, não era importante. Enquanto isso, milhares de vidas de baianos foram perdidas para a violência. Agora, o tema ganhou relevância e, aparentemente, terá impacto eleitoral. Será que o PT terá tempo de reverter e que a população vai acreditar na mudança?

Só falta você

Depois que o deputado Nelson Leal (PP), ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, rompeu com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e declarou apoio a ACM Neto (União Brasil), de quem já atua como coordenador de pré-campanha, um grupo de deputados passaram a sugerir que o próximo da fila será Adolfo Menezes (PSD). E a lógica da provocação é simples: além de Leal, outro ex-presidente, Marcelo Nilo (Republicanos), já caminha com Neto desde a eleição passada. Assim, segundo o folclore interno, Adolfo seria o próximo. Brincadeiras à parte, os colegas na Assembleia admitem que o movimento de Leal adiciona um novo gás na oposição, dada sua habilidade na articulação política. P.S: e nessa resenha de ex-presidentes também está o senador Angelo Coronel (PSD), que mesmo sem arranjo político oficial, não esconde de ninguém que tem uma ótima relação com ACM Neto.  

Serin da oposição

E por falar em Nelson Leal e articulação política, já tem gente traçando comparação entre ele e o secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola (PT). A diferença é que Loyola tem a caneta na mão, mas, mesmo assim, como já mostrou a coluna, ele vem ganhando a fama de “rei do baratino” por causa das promessas não cumpridas. Na classe política, muita gente diz que, quando o assunto é articulação política, atividade é posto. E, nesse quesito, Nelson Leal promete dar dor de cabeça ao governo nos próximos dias em razão da sua forte inserção no interior, somada à relação afinada com pequenos líderes e prefeitos, o que é visto como um ativo capaz de provocar um volume expressivo de baixas na base governista.

Porteira aberta

No campo oposicionista na Bahia, a aposta é que, nas próximas semanas, novas lideranças políticas deixem o grupo governista e desembarquem no time adversário ao PT no estado. Além de Nelson Leal, diversas outras lideranças, entre parlamentares, prefeitos, ex-prefeitos e influentes pré-candidatos a deputados que hoje estão ao lado de Jerônimo, já não escondem sua insatisfação e avisaram que pretendem mudar de lado. Alguns se reúnem com caciques da oposição. A saída de Nelson Leal foi considerada surpreendente pelo governo, que agora acendeu o sinal de alerta para as novas possíveis baixas.

Revisão

O governo Jerônimo acusou o golpe de que as contas não estão indo bem e decidiu corrigir o rumo: uma semana depois de o secretário da Fazenda apresentar o relatório do segundo quadrimestre na Assembleia, o governador enviou um projeto de lei para ajustar as metas fiscais da LDO de 2025. Como mostrou a coluna na semana passada, o resultado primário despencou quase seis vezes na comparação com 2024 - caiu de R$ 3,1 bilhões para apenas R$ 493 milhões - e a participação dos investimentos no total das despesas também retrocedeu, saindo de 11,15% em 2023 para 8,55% em 2025, mesmo com a despesa total saltando para R$ 48 bilhões. Em outras palavras: o estado gastou mais, investiu menos e agora tenta recalibrar metas que já não se sustentavam diante das distorções evidenciadas pelos números oficiais.

A ciumeira

O tratamento do governo Jerônimo a alguns novos aliados vem provocando uma verdadeira ciumeira na base governista. Deputados andam pelos cantos murmurando que os neogovernistas andam com mais moral com o governador do que os antigos apoiadores. O principal alvo da ciumeira é o deputado Marcinho Oliveira (PRD), que, segundo colegas, tem tido mais pleitos atendidos do que aqueles que historicamente militam com o PT.

Ataque à democracia

Tem chamado a atenção os ataques cada vez mais raivosos de setores do governo do estado contra o CORREIO. As agressões contra o periódico se intensificaram nas últimas semanas com um tom agressivo e desrespeitoso. Para isso, utilizam deputados da base do PT para desferir as agressões. O curioso é que estes ataques vêm justamente daqueles que dizem defender a democracia e a liberdade de imprensa. É aquela velha máxima que o PT executa tão bem: faça o que eu digo, não faça o que eu faço.

Silêncio ensurdecedor

Neste cenário, dois pontos chamam a atenção diante dos ataques de setores do PT ao CORREIO. O primeiro é o silêncio ensurdecedor das entidades que representam jornalistas diante das agressões propagadas por estes setores petistas, que são feitas abertamente para todo mundo ver. O segundo é que o PT usa da tática de atacar o emissor, mas não a mensagem. Um exemplo foi a matéria que apontava uma série de problemas na regulação da saúde produzida com base em dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE). As informações constam num relatório da Corte, mas o PT preferiu atacar o jornal.

Reincidência

Para finalizar o assunto, os ataques sistemáticos ao CORREIO, tática intensificada nas últimas semanas, fazem parte de uma prática comum do PT baiano de atacar a imprensa quando lhe é conveniente. Emissoras de TV já foram alvo, inclusive do próprio governador Jerônimo Rodrigues, que teve até um famoso caso de ataque verbal a uma jornalista soteropolitana. Tudo isso mostra o apreço que o PT tem pela democracia (contém ironia).

Destaque fake

A eleição do destaque parlamentar do ano na Assembleia Legislativa deixou um constrangimento no ar para o líder do governo, Rosemberg Pinto (PT). Pelo segundo ano consecutivo, o petista bateu na trave e, desta vez, terminou com apenas 18 votos, atrás da presidente Ivana Bastos (PSD), de Marcinho Oliveira, de Fabíola Mansur (PSB) e do líder da oposição Tiago Correia (PSDB). Mesmo assim, Rosemberg publicou nas redes sociais um texto sugerindo ter sido escolhido, o que virou piada nos corredores da Alba, com a alcunha de “destaque fake”. Apesar do lobby escancarado pela pedida de votos, o voto não caiu na urna porque a resistência ao líder falou mais alto. Se ele mantiver a performance em 2026, poderá pedir música no Fantástico.  

Fatura aberta

Prestadores de serviço do Planserv estão tendo dificuldades para receber pelos serviços prestados. Segundo fontes da coluna, o plano dos servidores estaduais não está pagando as faturas emitidas, mesmo com os serviços incluídos na cota autorizada. Ou seja: não estão ocorrendo serviços extras. As fontes atribuem a culpa ao novo chefe do Planserv, Luiz Eduardo Perez, que tem segurado os pagamentos. Enquanto isso, os prestadores estão na bronca, porque realizam os serviços e não recebem. A questão agora é entender o motivo de os pagamentos estarem sendo represados.