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O secretário-garanhão ataca novamente, a nova pérola de Jerônimo e a favorita do governador para a Alba

Leia a coluna na íntegra

  • Foto do(a) author(a) Pombo Correio
  • Pombo Correio

Publicado em 26 de dezembro de 2025 às 05:30

Clima natalino passou longe de uma secretaria estadual neste ano
Clima natalino passou longe de uma secretaria estadual neste ano Crédito: Ilustração IA

O clima natalino passou longe das instalações de uma secretaria estadual neste mês de dezembro. Se este período deveria ser de solidariedade e fraternidade, no prédio da tal pasta o ambiente foi de confusão e, como diz em bom baianês, baixaria. Tudo isso por causa da chefe de gabinete da pasta, que vem tendo sucessivas crises de ciúmes do secretário - na boca miúda, dizem que os dois são amantes de longas datas. Segundo relatos que chegaram à coluna, a primeira crise ocorreu quando o secretário viajou para um evento nacional acompanhado de uma mulher, despertando ciúmes. Outro episódio foi na confraternização de final de ano, quando o secretário-garanhão sentou numa mesa onde estava uma funcionária que é desafeto da chefe de gabinete. Quem presenciou os casos garante que foram um verdadeiro escândalo. Teve de tudo: gritos, xingamentos, agressão verbal contra trabalhadores, pedido de demissão, portas batidas e até gabinete trancado para ninguém entrar ou sair.

Intervenção

O caso, entretanto, não é novo. A Pombo Correio já havia revelado escândalos relacionados ao caso entre o tal secretário-garanhão do CAB e a chefe de gabinete. O problema é que a situação tem piorado e, segundo fontes da pasta, o ambiente está cada dia mais tóxico. A situação teve até mesmo a intervenção de um influente deputado federal junto à chefe de gabinete para evitar uma escalada da baixaria. Já tem gente dizendo que vai ser preciso intervenção do governador Jerônimo Rodrigues (PT) para evitar um escândalo para o próprio governo.

Meu amigo microfone

Isolado politicamente, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) tem transformado o microfone do seu programa de rádio em espaço para desabafos cada vez menos disfarçados. A frase sobre “presença que não é lealdade” e gente “perto, mas não junto” foi lida, sem muito esforço, como um retrato do seu fim melancólico dentro do grupo do governador Jerônimo Rodrigues. Entre governistas, a avaliação é de que o emedebista já percebeu que perdeu espaço e que o projeto de mantê-lo na chapa majoritária de 2026 se esvai a cada dia. Sem voz no governo e fora das decisões centrais, Geraldo parece ter trocado o silêncio político pelo desabafo radiofônico, uma forma de avisar que entendeu, ainda que tarde, como a roda gira quando a parceria deixa de interessar.

Fora do jogo

No meio político, a fala de Geraldo foi considerada uma reação ao movimento de possível retirada dele da chapa de Jerônimo. Inclusive, segundo fontes governistas, o próprio MDB já teria outros nomes para indicar a fim de continuar com o espaço no grupo petista, enquanto outros partidos, como Avante e PSB, também querem o posto de candidato a vice.

O dedo coçou

Por falar em Geraldo, ele repostou em suas redes sociais uma publicação que noticiava a declaração de ACM Neto (União Brasil) confirmando candidatura ao governo da Bahia em 2026 e fazendo críticas aos governos do PT, durante evento em Porto Seguro. Não demorou e a publicação logo foi apagada, mas o print entrou para a eternidade e criou uma avalanche de rumores sobre seu aceno de retorno ao grupo de onde saiu pelas portas do fundo sob a pecha de traidor. Se foi ato falho ou saudade mal resolvida, ninguém sabe, mas fato é que, no tabuleiro político, Geraldo anda tão sem espaço que até um repost virou pauta, e motivo de piada pública.

Pérola do Jero

O governador Jerônimo Rodrigues soltou nesta semana mais uma de suas pérolas. Em entrevista a uma emissora de TV, ao falar sobre escolas de tempo integral, disse que são uma ferramenta de segurança pública, ao citar que, quando os alunos estão nas escolas, eles “ficam livres dos maus convites, do crime” e até do “sexo fora de hora ou mal planejado”. A declaração, é claro, teve uma repercussão negativa e rendeu críticas ao petista.

A próxima vítima

Dizem nos bastidores do PT que o governador Jerônimo Rodrigues está empenhado em eleger a secretária de Educação, Rowenna Brito (PT), como deputada estadual em 2026, não tem poupado nem mesmo aliados históricos, cujas bases estão sendo severamente invadidas sem a menor cerimônia. Uma das vítimas é a deputada Maria Del Carmen, que não disputará a reeleição e tenta lançar o filho, André Fidalgo, como seu sucessor na Assembleia. Nas últimas semanas, um segmento importante do PT, que a acompanhava há anos, foi remanejado em bloco para dar sustentação à pré-candidatura de Rowenna, o que deixou muita gente com o sinal de alerta ligado, temendo ser a próxima vítima. Afinal de contas, como dizem os correligionários, a eleição da secretária virou uma questão de honra para o governador.

Desespero

Na ânsia de tentar mostrar uma suposta liderança de Jerônimo em cidades do interior, alguns setores do PT começaram a divulgar pesquisas em cidades menores, mas cometeram alguns deslizes. Acontece que, até mesmo em municípios onde Jerônimo lidera, a diferença para ACM Neto reduziu em relação ao resultado de 2022. Teve até o caso de uma cidade onde o desempenho de Neto, conforme a pesquisa, foi maior agora do que o registrado na disputa de 2022. Tudo isso divulgado por blogs petistas. Como bem disse um observador da política baiana: comeram mosca.

Planejamento da Shoppe

Mantendo a tradição, a Assembleia Legislativa aprovou de maneira acelerada e sem muita discussão o orçamento da Bahia para 2026, estimando a receita e fixando a despesa em R$ 77,4 bilhões. A matéria teve voto contrário de deputados da oposição, alegando que o governo não executa aquilo que ele mesmo prevê. E com razão: o orçamento projetado para 2025, por exemplo, foi de R$ 69,3 bilhões, mas hoje o orçamento atual já está na casa dos R$ 92 bilhões, segundo dados do Portal Transparência Bahia. Essa diferença de R$ 23 bilhões, todavia, não é dinheiro sobrando em caixa, como muita gente pode imaginar. Pelo contrário: significa que a máquina pública ficou mais cara, com despesas, custos e compromissos que não estavam previstos no orçamento original. A discrepância pode, em certa medida, explicar o volume desenfreado de empréstimos - já foram 23 pedidos, que somam R$ 27 bilhões em apenas três anos. O sinal que fica é de desordem no planejamento e de um orçamento que muda no meio do caminho, deixando a conta cada vez mais pesada para o futuro.

Braço na seringa

No apagar das luzes de 2025, o governo deixou uma bomba relógio no colo da presidente da Assembleia Legislativa, Ivana Bastos (PSD), ao pedir pela votação da indicação do deputado federal Josias Gomes (PT) ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Na última segunda (22), quando também colocou em plenário a indicação do ex-deputado federal Otto Filho ao mesmo tribunal, Ivana assumiu uma dose de risco por conta própria, já que dias antes o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) havia determinado a suspensão das tratativas envolvendo Josias diante do impasse quanto ao entendimento de que a vaga caberia a auditores técnicos do TCE, e não a uma indicação política do governador. A Assembleia seguiu adiante com a votação sob o argumento de que não havia sido oficialmente notificada, uma tese juridicamente defensável, mas que politicamente fez a presidente “colocar o braço na seringa” por uma celeuma que o Executivo não conseguiu resolver a tempo. Enquanto isso, o impasse segue vivo e deixa a cadeira de Josias sub judice. Prova disso é que Jerônimo já nomeou Otto Filho, mas a indicação do amigo petista continua em compasso de espera.