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Rodrigo Daniel Silva
Publicado em 29 de abril de 2025 às 05:30
Interlocutores do vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, afirmam que a saída do PDT do campo da oposição a fim de migrar para a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) não surpreende. Segundo eles, o PDT já não fazia parte do projeto oposicionista para as eleições de 2026. Atualmente, o foco da oposição baiana está centrado em cinco partidos: União Brasil, Progressistas, PSDB, Republicanos e PL. Juntas, essas siglas serão responsáveis por garantir recursos eleitorais e tempo de televisão robustos para a disputa pelo governo da Bahia no próximo ano.>
Reorganização da oposição>
Nos bastidores, a avaliação é de que o presidente do PDT na Bahia, deputado federal Félix Mendonça Júnior, fez um movimento antecipado que, na prática, poderá favorecer a reorganização dos espaços dentro da oposição. Lideranças oposicionistas lembram que, em 2022, o apoio do PDT custou caro: para acomodar a sigla, foi necessário montar chapas estadual e federal que, no fim, não trouxeram a quantidade de votos esperada para justificar os sacrifícios feitos.>
PDT em crise>
A percepção na oposição é de que o PDT está cada vez mais enfraquecido. Hoje, o partido conta com apenas 17 deputados federais, o que resulta em pouco tempo de TV e recursos eleitorais limitados. Além disso, muitos dos integrantes do PDT mais ligados a ACM Neto devem permanecer na oposição e, inclusive, são cotados para migrar para o União Brasil.>
Sem jogo duplo>
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), já avisou aos aliados: não haverá espaço para “jogo duplo” com o PDT. Caso o partido oficialize na próxima sexta-feira (2) a adesão à base do governador Jerônimo Rodrigues, todos os membros ligados ao PDT que ocupam cargos na prefeitura serão exonerados.>
Disputa pelo Senado>
Dentro do PSD, a avaliação é de que o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), pode desistir do projeto de disputar o Senado. Essa decisão, porém, dependerá da popularidade do presidente Lula (PT). Para os pessedistas, se Lula conseguir recuperar o prestígio, Rui tende a permanecer no governo. Já em um cenário de alta reprovação, o baiano deverá se lançar candidato para evitar ficar sem cargo em 2027.>
Anote aí>
A federação entre União Brasil e Progressistas será oficializada, nesta terça-feira (29), em Brasília.>