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PSB vive tensão com possível filiação de Mário Negromonte Jr. e risco para Lídice da Mata

Leia a coluna na íntegra

  • Foto do(a) author(a) Rodrigo Daniel Silva
  • Rodrigo Daniel Silva

Publicado em 18 de novembro de 2025 às 05:30

Deputada federal Lídice da Mata no plenário da Câmara
Deputada federal Lídice da Mata no plenário da Câmara Crédito: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

A chegada de novos quadros costuma ser motivo de celebração em qualquer partido - menos no PSB da Bahia. Aliados próximos de Lídice da Mata afirmam que a deputada federal vive um momento de apreensão com a possível filiação de Mário Negromonte Júnior, hoje no PP.

Segundo interlocutores, Lídice teme que a entrada de um nome competitivo como Negromonte transforme a disputa interna por vagas na Câmara em uma guerra de foice: só um deles teria chances reais de se eleger. Uma pessoa próxima a parlamentar disse que, sem outros nomes fortes, seria uma “chapa suicida”.

Desastre eleitoral

A movimentação para levar Mário Jr. ao PSB está sendo conduzida pelo prefeito do Recife e presidente nacional da sigla, João Campos. Mas, na Bahia, o clima é outro.

Domingos Leonelli, dirigente histórico do partido, reconheceu publicamente a necessidade de ampliar a chapa: “Há uma preocupação, claro, com a formação da chapa. É preciso formar uma chapa, uma boa nominata para deputado federal para que possamos fazer dois ou mais deputados federais”, declarou ele à coluna.

Hoje, a equação é simples: sem reforços, a entrada de Mário Júnior pode derrubar Lídice - e vice-versa.

Nova dança partidária

Há expectativa de que um segundo deputado federal migre para o PSB, mas o nome é mantido em sigilo. O partido também tenta atrair os deputados estaduais Niltinho e Hassan (ambos do PP), enquanto espera manter Fabíola Mansur, Soane Galvão e o secretário Angelo Almeida na disputa pela Assembleia Legislativa.

O problema? Fabíola Mansur já cogita migrar para o Avante.

E Bebeto, que é suplente de Jaques Wagner (PT) e pré-candidato a deputado federal, admite publicamente que pode trocar de legenda caso as condições fiquem desfavoráveis: “Hoje sou candidato pelo PSB, (...) mas as relações partidárias são muito fluídas”.

Governo Jerônimo não ajuda

Bebeto foi ainda mais direto ao reclamar da falta de prestígio junto ao governo Jerônimo Rodrigues (PT). “Vou dizer em alto e bom tom. Pela nossa relação histórica com o PT desde o governo Wagner, (...) deveria receber o melhor tratamento do governo no que tange a abertura de mais espaço”, declarou à coluna.

A rejeição e o peso da reforma

Há resistência à entrada de Mário Negromonte Jr. entre setores históricos do PSB, especialmente por ele não ser um quadro identificado com a esquerda.

Ele votou a favor da reforma trabalhista de 2017, duramente combatida pelo campo progressista, e mudou de posição na votação da PEC que protegia deputados federais, o que gerou ruído recente.

Críticos dentro do partido apontam que sua queda de votos entre 2014 e 2018 - de 169.215 para 102.512 - teria sido consequência direta da reação do eleitorado ao apoio do parlamentar à reforma. 

A filiação de Mário Júnior a um partido da base petista só avançou após uma articulação direta com o governador. O acordo envolveu a indicação da esposa do deputado, Camila Vasquez, para a cadeira no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) que pertencia ao pai dele.