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Jairo Costa Jr.
Publicado em 30 de agosto de 2022 às 05:00
O presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Menezes (PSD), reafirmou a aliados próximos que a indicação do substituto do conselheiro aposentado Raimundo Moreira no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) só será analisada pelo plenário da Casa após as eleições. Embora a vaga no TCM esteja aberta desde 26 de maio, quando Moreira atingiu a idade limite de 75 anos, o governador Rui Costa (PT) e Menezes fecharam acordo para que o escolhido do petista seja anunciado quando a sucessão estadual estiver concluída. Por sua vez, o presidente da Assembleia garantiu submeter o indicado ao crivo dos deputados estaduais logo em seguida.>
Tecla sap O acerto entre Rui Costa e Adolfo Menezes foi traduzido entre parlamentares das bancadas do governo e de oposição como sinal claro de que o destino da vaga, a princípio, é servir de prêmio de consolação para um integrante da base aliada ao PT eventualmente derrotado em 2 de outubro. Daí a intenção de aguardar, primeiro, o resultado das urnas.>
Investimento de risco O problema de condicionar a vaga do TCM ao fim da eleição é a alta chance de revés, avaliam líderes dos dois polos de poder no estado. Caso o PT perca a disputa pelo Palácio de Ondina, como indicam as recentes pesquisas Datafolha e Ipec, o governador terá dificuldades para emplacar o substituto. Primeiro, porque a oposição soma hoje 28 deputados. Bastam quatro traições na base para barrar as pretensões de Rui, cuja vitória depende de pelo menos 32 votos. Segundo, porque a votação é secreta. O que favorece puladas de cerca antes da mudança de governo.>
Dia D de debandada Se o Jerônimo Rodrigues (PT) não ganhar impulso significativo depois de dez dias de campanha intensa na TV, cardeais da União Brasil estão convictos de que 5 de setembro será o início da fuga em massa de prefeitos para o palanque de ACM Neto, candidato do partido a governador. De imediato, a fila será puxada por quem já apoia Neto de forma velada, mas ainda tenta garantir verbas pendentes junto ao governo estadual para formalizar a adesão. Na sequência, vêm aqueles que aguardam a segunda rodada de levantamentos feitos por institutos confiáveis para decidir.>
Porta de saída Ganhou intensidade o esvaziamento das bases controladas pelo presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), vice na chapa de Jerônimo Rodrigues. Desde que ele foi isolado da campanha do PT, a articulação do prefeito Bruno Reis (União Brasil) recebeu uma enxurrada de lideranças da capital interessadas em abandonar a candidatura do filho do emedebista a deputado estadual, Matheus Ferreira, e negociar o apoio a políticos da tropa leal ao Palácio Thomé de Souza.>
Novo rolé O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) planeja retornar à Bahia no início de setembro para mais um périplo pelo interior. Na agenda, a cargo de sua candidata a vice e também vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos (PDT), há duas possibilidades: Juazeiro ou Irecê.É evidente o uso político que o governador fez dos convênios para tentar cooptar apoio de prefeitos. Denunciamos tal abuso ao TCE, que vai se debruçar sobre esses contratos Sandro Régis, deputado estadual da União Brasil e líder da oposição na Assembleia Legislativa, ao comemorar ontem a decisão do Tribunal de Contas do Estado de realizar auditoria sobre a farra de convênios >